O Goldman Sachs Group Inc (GS) prepara-se para iniciar, ainda este mês, um processo de despedimentos, de acordo com uma fonte próxima citada pela agência Reuters.
Habitualmente, a empresa financeira dispensa colaboradores com base numa avaliação de performance realizada todos os anos.
O corte nos recursos humanos representava valores entre os 1% e 5% do total de trabalhadores, segundo a mesma fonte o referido corte estará no segmento mais baixo deste espectro.
No entanto, esta foi uma prática que foi suspensa durante a pandemia que coincidiu com um período recorde em termos de quantidade de transações, motivando queixas de sobrecarga por parte dos empregados.
Acredita-se que a principal razão que motiva este plano por parte do Goldman Sachs está diretamente relacionada com a inflação.
Os esforços da Reserva Federal para conter a inflação galopante verificada nos últimos meses traduz-se em aumentos significativos nas taxas de juro.
O mecanismo de transmissão da política monetária faz com que estas alterações se reflitam nas taxas de juro praticadas pelos bancos, nomeadamente, nas passivas (dos empréstimos).
Por conseguinte, os bancos, como o Goldman Sachs, têm apresentado diminuições consideráveis no volume de negócio.
Além disso, existe o “fantasma” de uma possível recessão atingir os Estados Unidos num futuro próximo, o que, aliado à instabilidade causada pela guerra na Ucrânia, agrava este problema.
Segundo valores apresentados pela Dealogic, o deal-making nos Estados Unidos totaliza, neste momento, 1,2 biliões de dólares, um valor que fica bastante aquém dos 2 biliões atingidos no ano passado.
Relembre-se que o grupo norte-americano apresentou, no passado mês de julho, uma quebra no seu lucro do segundo trimestre de 2022. A queda foi de cerca de 50% face ao ano anterior com o resultado a atingir cerca de 3 mil milhões de dólares.
Na comunicação dos resultados, o Goldman Sachs anunciou uma diminuição na velocidade de contratação para o resto do ano, plano que será agravado com o referido despedimento.
António Carvalho, 20 anos, nascido no Porto. Neste momento, frequento o 2º ano da licenciatura em Gestão na FEP. Decidi ingresar no projeto da Meu Capital em março de 2022, devido à minha paixão pela área da economia e das finanças. Tem sido bastante enriquecedor na medida em que tenho tido contacto com pessoas fantásticas, ao mesmo tempo que aprofundo conhecimentos nas minhas áreas de interesse.