Esta terça-feira, dois gestores italianos no programa de motor a diesel da Fiat Chrysler foram indiciados pelo júri federal de Detroit no caso sobre um esquema para fazer batota e falsificar as emissões nos testes dos Estados Unidos.
Estas acusações descrevem em detalhe as alegações de uma conspiração para enganar a Agência de Proteção Ambiental (EPA) ao manipular mais de 100.000 Pickup trucks a diesel e SUVs Jeep para passar nos testes de limites de poluição na estrada.
Os acusados são Sergio Pasini e Gianluca Sabbioni, dois gestores sénior de diesel da empresa. Cada um deles enfrenta 9 acusações que incluem a violação do Clean Air Act, fraude eletrónica e conspiração para defraudar os EUA. De acordo com o gabinete da procuradoria dos EUA, em Detroit, nenhum dos homens está sob custódia.
Estes vão juntar-se a Emanuele Palma como réus no caso. Ele já tinha sido acusado em 2019, mas enfrenta agora de novo 10 acusações, entre elas violações do Clean Air Act e falsas declarações ao FBI e à EPA. O departamento de justiça disse que os 3 homens tiveram “coconspiradores” pelo que provavelmente irá haver mais acusações.
Os 3 estão acusados de calibrarem o software de controlo de emissões nos motores a diesel de 3 litros para que estivessem de acordo com os requisitos de emissões de óxido de nitrogénio durante os ciclos de teste da EPA, embora emitissem maior poluição na estrada.
Em declaração, a Fiat Chrysler, agora conhecida como Stellantis (STLA) após a fusão com a francesa PSA Peugeot, disse que está a cooperar na investigação e nega ter participado num esquema deliberado para enganar nos testes.
Em 2019 a empresa concordou em pagar centenas de milhões de dólares para resolver as alegações de fraude nas emissões.
Autora: Mariana Sardinha
