Fonte da imagem: CCMAdvogados
A Associação Portuguesa de Capital de Risco alertou o Governo para as “consequências desastrosas” que o alargamento do fim dos Vistos Gold no investimento imobiliário poderá trazer.
A Associação Portuguesa de Capital de Risco (APCRI) alertou o secretário de Estado das Finanças, João Nuno Mendes, para “as consequências desastrosas” que poderão surgir caso o fim dos vistos seja alargado para o investimento imobiliário, nomeadamente no que toca às áreas que permitem que seja atribuída a Autorização de Residência para Investimento (ARI).
A APCRI faz questão de frisar que “Portugal precisa muito de atrair capital estrangeiro para dinamizar o seu desenvolvimento económico-empresarial”, pelo que “o fim dos vistos gold deve limitar-se ao imobiliário sem impedir investimento estrangeiro nas empresas”.
Tendo em conta que “Portugal precisa muito de atrair capital estrangeiro para dinamizar o desenvolvimento económico-empresarial, científico e tecnológico, social e cultural do país”, Paulo Caetano, presidente da APCRI, alerta para “a pouca capacidade de atração de investidores internacionais para o capital de risco, a qual ainda é muito inferior à média europeia”, segundo o comunicado.
Em conformidade com a APCRI, em Portugal os investidores internacionais (incluindo o Fundo Europeu de Investimento) constituem 37,8% dos fundos angariados, enquanto a média da União Europeia é de 72%.
Ao secretário de Estado das Finanças, a APCRI entregou a sua posição para o processo de consulta pública no que ao pacote Mais Habitação diz respeito, onde defende que “as ARI devem continuar a ser atribuídas a quem transferir capitais no montante igual ou superior a 1,5 milhões de euros e quem criar pelo menos dez postos de trabalho”.
A APCRI acrescenta ainda que “devem continuar ao alcance de quem aplicar em Portugal mais de 250 mil euros no apoio à produção artística, recuperação ou manutenção do património cultural nacional”.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
