No atual momento do tecido empresarial português vive-se níveis de competitividade extremos face à necessidade de inovar e manter uma posição vantajosa em relação aos restantes concorrentes. Dessa forma, investir na formação dos colaboradores pode ser uma forma de alcançar diferentes patamares de inovação, embora, a maioria das pequenas e médias empresas, não tenham capacidade financeira para o realizar.
Porém, de acordo com um estudo recente sobre Portugal, a produtividade das empresas tende a aumentar, pelo menos, 5%, quando as empresas investem em formação. Registaram-se também ganhos ao nível do número de trabalhadores, do valor acrescentado bruto e das exportações. Segundo a Fundação José Neves, a falta de tempo, os custos inerentes à formação, a falta de oferta formativa adequada, a dificuldade em avaliar as necessidades de formação, o receio de perder o trabalhador e o investimento realizado, e o facto de os contratos de curto prazo não promoverem a formação, são os principais obstáculos apresentados pelas empresas para não oferecerem formação.
O documento da Fundação demonstra que outros benefícios passam pelo “aumento do número de trabalhadores e do valor acrescentado bruto nas respetivas empresas”. O aumento da formação dos trabalhadores promove ainda ganhos de competitividade, melhores salários e, inclusive, a retenção dos trabalhadores, ao reforçar o seu sentimento de satisfação e orgulho na empresa. Já do lado dos trabalhadores, ao adquirirem novas competências indispensáveis para a sua progressão profissional, as vantagens são evidentes. “Outros dados mostram que metade das empresas portuguesas valorizam a formação – um valor superior à média da UE (35%) –, mas que menos de 20% a promove efetivamente”, revela a FJN.
As organizações não se devem esquecer que, para além de terem colaboradores, têm sobretudo pessoas que necessitam de estar motivadas e em sintonia com os objetivos para que exista desenvolvimento e satisfação pessoal por parte dos mesmos. Não existem soluções únicas e universais, mas é certo que a aposta na formação dos colaboradores pode ser uma alternativa para que as organizações possam estar nos elevados patamares de competitividade que os consumidores e economia exige.
Para saber mais sobre o panorama das empresas em Portugal tendo em conta diversos outros indicadores, carregue aqui.
Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.