Fonte da imagem: Reuters
As autoridades norte-americanas anunciaram, na passada sexta-feira, o encerramento do Silicon Valley Bank, o principal banco para startups tecnológicas dos Estados Unidos da América.
A notícia da bancarrota, a segunda maior do setor bancário norte-americano, levantou receios de uma crise financeira semelhante à de 2008 e lançou o pânico no setor bancário nos principais continentes: Ásia, América e Europa.
Pequena introdução da SVB
O Silicon Valley Bank era um banco comercial com sede em Santa Clara, Califórnia, que se concentrava em fornecer serviços financeiros para empresas de tecnologia, empreendedores e investidores de capital de risco. A empresa foi fundada em 1983 e atualmente tinha operações em todo o mundo.
Embora o Silicon Valley Bank seja um banco relativamente pequeno em comparação com muitos dos principais bancos dos Estados Unidos, ganhou a sua notoriedade pela sua especialização em serviços financeiros para empresas de tecnologia em rápido crescimento e por ter trabalhado com várias empresas de tecnologia bem-sucedidas.
Motivo principal da falência
Segundo relata a televisão norte-americana, um dos fatores que desencadeou a falência do SVB foi o aumento na taxa de juros dos EUA, que passaram de 0,25%, em 2020, para 4,75%, em fevereiro do corrente ano, numa tentativa do Banco Central Americano em controlar a inflação.
O SVB atendia principalmente startups e financiadores. Como o setor de tecnologia começou a desacelerar nos últimos meses, com os constantes aumentos na taxa de juros para frear a inflação, as empresas atendidas pelo SVB começaram a retirar dinheiro mais rápido do que o esperado.
Como um problema não vem só, para piorar a situação, o banco havia realizado uma série de investimentos no Tesouro dos EUA e em títulos de dívida pública ligados ao governo. Com o aumento da taxa de juros, os valores desses títulos foram caindo, o que se transformou numa bola de neve até ao desfecho final.
João Fonte, 20 anos, natural da Póvoa de Varzim. Atualmente frequento o 3º ano da licenciatura em Gestão na FEP e pretendo seguir mestrado em Finanças. Com um gosto particular pela aventura e a descoberta de novos horizontes, estou a realizar mobilidade internacional, através do programa Erasmus +, na School of Economics and Business Ljubjana. Dado o meu interesse pela área financeira, ingressei na Meu Capital em março de 2022. Tem sido uma experiência fantástica, através da qual tenho aprendido a saber gerir melhor o meu tempo e a aprender sempre mais sobre uma das áreas mais interessantes a nível mundial.