A Facebook ($FB) atingiu pela primeira vez, esta segunda-feira, dia 28 de junho, um valor de mercado de 1 bilião de dólares. A gigante tecnológica tornou-se assim na quinta empresa norte-americana a atingir esta marca, juntando-se à Apple ($AAPL), Microsoft ($MSFT), Amazon ($AMZN) e Alphabet ($GOOGL), empresa-mãe da Google.
As ações da empresa apresentaram um crescimento de 4,2%, fixando-se nos 355,64 dólares. Para esta valorização, contribuiu o desfecho de um processo que remonta a novembro de 2020, no qual a Federal Trade Comission acusa o Facebook de “um historial de vários anos de conduta anti-desportiva”, tendo o Tribunal Federal dos Estados Unidos da América decidido a favor da empresa, ilibando-a desses atos. Este processo detinha uma especial importância, visto que, caso fosse considerada culpada, a empresa teria de anular os seus investimentos nas redes sociais Instagram e Whatsapp.
O Facebook procedeu à sua Initial Public Offering (IPO) em 2012, estreando-se com um valor de mercado de 104 mil milhões de dólares. A grande maioria das suas receitas têm origem na criação e apresentação de anúncios personalizados aos utilizadores das redes sociais Facebook e Instagram. A empresa detém ainda uma linha de negócios de hardware, nomeadamente produtos como óculos de realidade virtual e o Portal video-calling device.
Nos últimos anos, o Facebook tem estado envolvido em diversas polémicas e escândalos, com especial destaque para vazamentos de dados, fake news e o mediático Cambridge Analytica, no qual esta empresa de análise e tratamento de dados teve acesso indevido a dados de 87 milhões de utilizadores e utilizou-os de forma a produzir anúncios publicitários para as eleições presidenciais norte-americanas de 2016, visando apoiar Donald Trump.
Estas polémicas tiveram o seu pico em 2018, e, associadas a um nível de resultados abaixo do esperado nesse ano, levaram a uma colossal queda de 19% no valor das ações da empresa. No entanto, apesar destas polémicas e de todos os percalços, o Facebook tem sempre conseguido reerguer-se, sendo que, atualmente, detém uma valorização 90% superior à que tinha em julho de 2018.
Mais recentemente, a empresa tem sido alvo de processos de entidades oficiais e estatais, como a já referida Federal Trade Comission e a Comissão Europeia, num processo que ainda está a decorrer.
Autor: João Rodrigues