“Espera-se que a procura de petróleo aumente durante a próxima década e o combustível fóssil continuará a ser uma parte crucial do cabaz energético, mesmo quando as energias renováveis chamam cada vez mais a atenção” disse o Chefe do Executivo da Hess Corp., John Hess.
Na maior reunião dos principais líderes energéticos, investidores e políticos de todo o mundo, as alterações climáticas e os combustíveis renováveis estão no centro das atenções. Isto deve-se ao facto de este ano as companhias petrolíferas estarem a tentar reorientar os seus ativos à medida que a indústria dos combustíveis fósseis recupera da pandemia, crise esta que destruiu a procura de combustível e causou a perda de milhares de postos de trabalho.
“Não pensamos que o pico do petróleo esteja ao virar da esquina – vemos a procura de petróleo a crescer durante os próximos 10 anos”, disse Hess. “Não estamos a investir o suficiente para produzir petróleo e gás no futuro”, acrescentou, explicando que os preços teriam de subir para apoiar esse investimento.
Embora seja provável que a procura recupere acentuadamente após a pandemia, a oferta vai ser mais lenta a retomar, uma vez que os produtores de xisto em particular operam de forma conservadora para satisfazer as necessidades dos acionistas.
“Estou orgulhoso de ser uma pessoa do petróleo e do gás”, disse Josu Jon Imaz, CEO da Repsol, complementando com “Vamos precisar de petróleo e de gás nos próximos anos”.