EUA deixam cair estatuto comercial da Rússia

Joe Biden, Presidente norte-americano, em sintonia com os seus aliados europeus, revogou oficialmente, na passada quinta-feira, o estatuto comercial da Rússia e Bielorrússia em resposta à guerra na Ucrânia, abrindo caminho a novas sanções para estes dois países.

A medida anunciada em março, com o objetivo de “isolar ainda mais Rússia do panorama mundial”, teve de ser validada pelos eleitos da Câmara dos Representantes e do Senado. A medida contou com um forte apoio interpartidário em ambas câmaras, acontecimento raro no contexto polarizado em que se encontram os Estados Unidos da América.

Os Estados Unidos da América apenas têm mais dois países nesta lista negra comercial, Cuba e Coreia do Norte. Ao juntar a Rússia e Bielorrússia a esta lista, ambos os países estão privados da cláusula da nação mais favorecida, um princípio de reciprocidade básica no livre comércio. Desta forma os EUA têm o direito de tributar de forma ainda mais pesada as importações de produtos russos.

Em 2021, os Estados Unidos importaram cerca de 30 mil milhões de dólares (cerca de 28 mil milhões de euros) em produtos russos – incluindo 17,5 mil milhões de dólares (cerca de 16 mil milhões de euros) em petróleo bruto, uma ‘commodity’ à qual Washington acabou de impor um embargo total.

Este projeto-lei vai ainda mais longe ao querer banir a Rússia da Organização Mundial do Comércio (OMC).

Tudo isto, somado com as inúmeras sanções que EUA e UE lançaram nas últimas semanas, isola cada vez mais a Rússia do panorama mundial, com graves entraves à globalização que temos assistido neste século.

Autor: Francisco Castilho

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