Estimativas da OCDE fornecem “sinal claro” da credibilidade do país

De acordo com a OCDE, a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, é expectável que o Produto Interno Bruto (PIB) português cresça cerca de 4,8% este ano.

Para além desta estimativa, que se revela semelhante à do Banco de Portugal e do Governo, a Organização mostra-se ainda otimista em relação aos dois próximos anos.

Pode ler-se nas previsões económicas divulgadas pela OCDE na passada quarta-feira, 1 de dezembro, que “a economia deverá crescer 4,8% em 2021, 5,8% em 2022 e 2,8% em 2023. O PIB deverá ultrapassar o nível pré-crise só à volta de meados de 2022. O crescimento robusto é sobretudo fomentado pela procura doméstica, e será acelerado pela absorção de fundos da UE [União Europeia]”.

Os 4,8% de crescimento económico previstos para este ano superam as expetativas do Conselho das Finanças Públicas (CFP), da Comissão Europeia e do Fundo Monetário Internacional (FMI), de 4,7%, 4,5% e 4,4%, respetivamente, atualizando ainda as da própria OCDE, realizadas em maio, que apontavam para apenas 3,7%. Por sua vez, este valor alinha-se com as previsões do Governo e do Banco de Portugal.

A OCDE aponta ainda que irão ser cumpridas as metas do défice previstas para este ano, e que Portugal retomará uma trajetória de redução da dívida pública.

Acrescenta que “o aumento atual nos custos de produção, guiado essencialmente pelos preços da energia, não deverá fomentar substancialmente as pressões subjacentes aos preços”.

Com base nestas declarações, o ministro das finanças nacional, João Leão, afirmou num vídeo enviado à comunicação social, que as estimativas da OCDE fornecem um “sinal claro” da credibilidade do país, demonstrando estar confiante de que a atual crise política não irá colocar em causa o crescimento da economia.

“Estas estimativas da OCDE agora conhecidas, são um sinal claro da credibilidade que o país tem conquistado nos últimos anos e da confiança que as instituições internacionais depositam no desempenho da economia portuguesa”, referiu.

No início da semana tinha já reforçado uma mensagem de confiança, de como a economia portuguesa iria seguir uma trajetória de “forte recuperação”, mesmo com o surgimento de uma nova vaga da pandemia.

De acordo com o ministro, estas estimativas já têm em consideração o chumbo do Orçamento do Estado para 2022, apontando que no próximo ano “Portugal será o país com maior crescimento económico entre todos os países da OCDE”, e que com base nos dados da organização, o país irá retomar a “trajetória de convergência económica com a zona euro”.

João Leão realçou ainda que este crescimento económico terá como base uma “forte dinâmica do investimento, com um vigoroso crescimento de 8,1% já no próximo ano”.

“Tudo isto reforça a nossa confiança de que a atual situação política de eleições antecipadas não coloca em causa o forte crescimento da economia portuguesa, desde que se assegurem condições de estabilidade e governabilidade”, concluiu.

Autora: Ana Rita Ribeiro

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