ESG: Preocupações e Soluções da Banca

Com o decorrer do conflito bélico na Ucrânia, as consequências financeiras são inúmeras e a banca quer fazer parte das soluções e não dos problemas. 

A crise ecológica e a transição energética são preocupações atuais das várias organizações e da banca embora, muitas delas não demonstram capacidade para a necessária mudança. 

Dessa forma, para aquelas que estão preparadas para dar este passo, os bancos nacionais garantem estar prontos a ajudar neste processo e a financiar a inovação do tecido empresarial. Relembram, contudo, que a implementação dos critérios ESG (ambiental, social e de governação) deve ser inclusiva, não se descurando a dimensão social e da educação financeira.

Através do fórum banca, evento realizado que teve a comparência dos vários bancos nacionais, Paulo Macedo, CEO da Caixa Geral de Depósitos referiu que “todos os bancos têm iniciativas para dentro de casa na área do ESG”, sendo que existem disponibilidades e alternativas para os clientes no que toca à concessão de crédito para casas eficientes, numa altura em que a maioria das casas adquiridas através de crédito à habitação não são eficientes. 

De acordo com o CEO do Millennium BCP, Miguel Maya refere que este “não é um tema sectorial”, mas sim “um tema empresarial” e que é preciso “criar condições para que as empresas tenham capacidade para fazer a transição” e a banca, está disposta a criar soluções para esta nova trajetória.

Para combater os vários entraves à crise ecológica, a solução passa por todos os sectores conhecerem os elementos da sua atividade, bem como as alterações e os custos a que a transição obrigará. Em concreto, é importante investir em literacia, especialmente nas áreas comerciais, que têm de manter o diálogo, mesmo não sendo necessário serem especialistas; enquanto a área da sustentabilidade tem de estar virada para as carteiras de crédito e de investimento. 

As soluções passam por conhecer melhor os clientes, através do estabelecimento de estratégias de alinhamento que criem um balanço numa lógica de apoio à transição, mas também da criação de novas variáveis de decisão relativas aos riscos de transição dos clientes e à viabilidade de adaptação do seu modelo de negócio, adaptando a oferta e customizando os serviços de forma a que o ESG se torne “um serviço que suporta lógicas de preço com valor”, refere o Diretor da Consultora PWC, Luís Filipe Barbosa. 

Em suma, é notável que irá ser uma jornada duradoura e com várias dificuldades para as empresas nacionais que, preparadas ou não, necessitam de introduzir novos métodos sustentáveis para atrair e inovar o seu modelo de negócio e marcar a sua posição no tecido empresarial. 

Ainda assim, a banca estará disponível para apoiar este processo e defende que este deve ser um trabalho conjunto através da união das organizações com as entidades bancárias de forma a encontrar soluções que fomentem a mudança, inovação de serviço e sobretudo, a preservação ambiental que está constantemente em causa.

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