Algumas escolas de ensino secundário dos Estados Unidos já trabalham para preparar seus alunos para o mundo real, os ensinando a ganhar e a gerenciar seu dinheiro.
De acordo com pesquisa realizada pela Next Gen Personal Finance, empresa voltada à literacia financeira, em 2020, 70% dos alunos do ensino secundário público americano tiveram cadeiras sobre finanças pessoais como requisito eletivo ou de graduação. No ano anterior, este número era de 66%.
Apesar do discreto crescimento, os números mostram uma tendência progressiva na atenção e preocupação com a literacia financeira dos jovens.
O número de estados americanos que exigem ou que em breve exigirão que os alunos frequentem um semestre de finanças pessoais dobrou nos últimos três anos, de 5 para 11 estados. No início de abril deste ano, cerca de 20 estados estavam a considerar projetos de lei que promovem a educação financeira.
Na disciplina, os estudantes aprendem sobre economia, orçamento, dívidas, investimentos e carreiras, sendo que os professores se dizem impressionados com a evolução da mentalidade dos alunos, que agora tomam decisões inteligentes sobre onde gastar seu dinheiro, poupam e investem.
Estudos de vários economistas mostram que existe uma correlação positiva entre educação financeira e resultados financeiros: as pontuações de crédito aumentam, as dívidas caem, o pagamento de empréstimos estudantis aumenta e a inadimplência do cartão de crédito diminui.
Entretanto, as finanças pessoais enfrentam concorrência com outras disciplinas que disputam um lugar permanente no currículo escolar, como aulas de saúde mental, estudos étnicos e nutrição.
Maysa Deliberador, 25 anos, licenciada em Gestão pela Universidade Católica de São Paulo, atualmente frequenta o 3º ano da licenciatura em Psicologia na Universidade Católica Portuguesa. Seu interesse no impacto dos acontecimentos políticos e econômicos nas pessoas e sua paixão pela escrita fez com que se tornasse embaixadora da MeuCapital.