Entrevista com Ricardo Costa: Um Líder Empreendedor e Humanitário

Na busca por inspiração e conhecimento, temos a oportunidade de conversar com líderes notáveis ​​de várias áreas. Hoje, temos o privilégio de entrevistar Ricardo Costa, um profissional multifacetado e visionário, que deixou a sua marca no mundo empresarial, na área social e no setor académico.

Quem é Ricardo Costa?

Ricardo Costa nasceu em Braga, a 18 de Outubro de 1978. Estudou em Vila Nova de Famalicão, onde se licenciou em Engenharia e Gestão Industrial em 2001, tendo obtido, nesse ano, o prémio de melhor projeto de estágio do curso. Entre 1998 e 2001 foi presidente da Associação Académica da Universidade Lusíada de Famalicão.

Em 2011 concluiu o MBA Internacional na Católica Porto Business School e assume o cargo de CEO do Grupo Bernardo da Costa, sendo hoje administrador de várias empresas do Grupo, em diversas áreas de atividade e com presença em Portugal, Espanha, Marrocos, Itália, Brasil e Camarões.

Em 2016 foi nomeado Embaixador Empresarial de Braga e eleito Presidente da APSEI –
Associação Portuguesa de Segurança.

Sendo uma voz ativa na defesa do desenvolvimento económico, social e cultural da cidade de Braga, da região do Minho e de Portugal, em 2021 foi eleito presidente da AEMinho –
Associação Empresarial do Minho.

Em 2023 foi nomeado Cônsul Honorário pelo Governo do Kosovo, deste que é o país mais
jovem da Europa.

Exerce diversos cargos consultivos nas áreas do ensino superior (IPCA – Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e Universidade do Minho), economia (CIP – Confederação Empresarial de Portugal), desporto (ABC de Braga), responsabilidade social (Virar a Página – Cantina Solidária e Domus – Dignificar a Habitação) e editorial (MIT Technology Review Portugal e Lusofonia Digital).

Com uma forte presença nas redes sociais, sendo o português com maior influência no
Linkedin, tem-se focado na defesa da liderança humanizada e felicidade no trabalho,
participando como orador em diversas conferências e eventos sobre este tema. O Grupo
Bernardo da Costa foi a primeira empresa em Portugal a criar um Departamento da Felicidade.

De que forma a sua formação em Engenharia e Gestão Industrial influenciou a sua abordagem no mundo dos negócios?

A frequência do Curso de Engenharia e Gestão Industrial foi muito importante para a minha formação e pela abordagem profissional que hoje tenho. Trata-se de uma formação muito abrangente e que nos confere competência em diversas áreas de Engenharia a que se  unta a parte da Gestão.

Esta licenciatura é muitas vezes apelidada de “Clínica Geral da Engenharia” e eu não posso estar mais de acordo com esta definição. Por outro lado, o meu curso teve ainda a especificidade de incluir a disciplina de “Projeto de Engenharia e Gestão Industrial” que fez com que grande parte do 5º ano fosse passado em contexto empresarial. Isso deu-me uma componente prática que foi fundamental para a minha entrada no mercado de trabalho.

Quais são os principais desafios que enfrenta como CEO do Grupo Bernardo da Costa e como os supera?

São vários os desafios que enfrento enquanto CEO do Grupo Bernardo da Costa. Por um lado, temos um legado forte, com mais de 66 anos de história que é fundamental preservar. Manter e adaptar ao mercado atual os nossos valores (Respeito, Partilha, Cooperação, Segurança, Tolerância e Solidariedade) é um constante desafio.

Por outro lado, o facto de termos várias áreas de negócio em diversas geografias, requer uma constante atenção às tendências do mercado e em como podemos antecipar as mesmas.

Por fim e mais importante, conseguir manter uma cultura organizacional assente nas pessoas. Isto significa procurar constantemente promover bem-estar, saúde segurança e
felicidade de todos os que trabalham connosco.

Como encara a responsabilidade social corporativa e de que forma a integra nas estratégias do Grupo Bernardo da Costa?

A responsabilidade social corporativa faz parte do nosso ADN desde 1957 faz parte da nossa estratégia. Temos inclusive um departamento “SerBC” só para esta atividade. Acredito muito no “Giving Back” e que uma das principais missões das empresas é devolver à sociedade uma parte do que ela contribuiu para o sucesso da mesma.

Por isso mesmo, são vários os projetos de responsabilidade social que apoiamos (Virar a Página, The Fuller Center Housing, U.Dream, Caritas, Cruz Vermelha, entre outros). Além disso existe dentro da empresa um incentivo a que os colaboradores partilhem causas que mereçam a nossa atenção e ajuda.

Quais são as principais tendências e desafios do setor empresarial em Portugal e como se posiciona para os enfrentar?

Portugal acompanha as principais tendências que se verificam no mundo.

Neste momento assistimos a várias transições e mudanças, das quais se destacam: transição energética/climática, transição digital e tudo o que tem a ver com a inteligência artificial. Acredito que Portugal, pela primeira vez, pode estar no grupo de países que vão liderar estas transformações. Pela localização geográfica, aposta feita nas energias renováveis, ligação por fibra ótica a 3 continentes, qualidade das instituições do nosso sistema científico e tecnológico, resiliência e capacidade empreendedora dos nossos empresários, são algumas das características que me levam a ter este sentimento.

Como grande desafio temos a atração de talento. Por um lado, atrair os nossos jovens
licenciados a ficar em Portugal e por outro, dado que temos um problema demográfico, atrair talento de outras geografias.

Quais são os seus planos futuros para o Grupo Bernardo da Costa e como deseja impactar positivamente a sociedade?

Tendo o Grupo Bernardo da Costa empresas em diferentes estados de maturação, um dos objetivos passa por consolidar alguns projetos que são mais recentes: AVPro, BC Safety e A-touch-Winwel e colocar em prática o plano de expansão internacional da IBD, que neste momento está a entrar no mercado Italiano e pretende nos próximos 5 anos estar presente em mais dois países (neste momento tem presença em Portugal, Espanha e Marrocos).

Ao mesmo tempo estamos atentos a novas oportunidades de negócio que têm de cumprir
dois critérios: existir uma identificação ao nível dos valores e princípios das pessoas que o desenvolveram e criar um impacto positivo para a sociedade.

Disso mesmo são exemplos a nossa entrada no capital do KuantoKusta que ajuda os portugueses a poupar e o projeto com o Doutor Finanças que contribuí para a literacia financeira da população do nosso país.

ricardo costa bernardo da costa papa francisco

Agradecemos ao Ricardo Costa a disponibilidade para responder a esta entrevista e partilhar o seu conhecimento com a nossa comunidade.

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