A inflação está a atingir e a afetar todos os países a nível global. Os custos elevados da energia estão a contribuir para um alarmante aumento da taxa de inflação.
O aumento dos custos energéticos pode ter várias origens, como a supressão das cadeias de abastecimento globais devido à pandemia, a invasão da Ucrânia pela Rússia, a criação de moeda pelos Bancos Centrais para fazer face às necessidades durante a pandemia e ainda devido ao excesso de poupança das famílias criado durante a pandemia, que fez disparar o consumo.
Cabe aos Governos de cada país criar condições para aliviar os efeitos que a inflação provoca, nomeadamente no poder de compra.
Enumeramos abaixo algumas das medidas que alguns Governos adotaram:
Joe Biden, presidente do EUA, que em agosto apresentou a “Lei de Redução da Inflação” com um pacto de 430 mil milhões de dólares visando o combate às alterações climáticas, anunciou também em novembro um pacote de 4,5 mil milhões de dólares para reduzir as contas da energia dos cidadãos no consumo doméstico.
No Canadá, o Governo anunciou um pacote de 4,5 mil milhões de dólares com o objetivo de aliviar os efeitos da inflação nas famílias com rendimento mais baixos, nomeadamente baixou a rendas da habitação e criou um plano dentário para crianças que não tenham seguro de saúde.
No que diz respeito à União Europeia, apresentou no mês de novembro uma medida, que caso venha a ser aprovada, pretende limitar os preços do gás para 275 euros por megawatt-hora a partir de 1 de janeiro de 2023, com o prazo de um ano.
O Governo da Alemanha, está a planear limitar os preços da eletricidade e do gás em 2023 e a nacionalizar as empresas importadoras de gás, Uniper e Sefe.
Em Espanha, o executivo aliviou o encargo das famílias com os créditos a habitação, como por exemplo a extensão dos créditos no tempo. O Governo cortou também no IVA sobre o gás em outubro.
E Portugal?
No caso de Portugal, o regulador vai limitar os aumentos preços da eletricidade em 2,8% para milhões de famílias e de pequenas empresas, o Governo cortou na taxa de IVA da eletricidade para 6%, e limitou o aumento das rendas pelos senhorios, que no máximo apenas pode ser de 2%.

Alexandre Borrega, 27 anos, natural de Campo Maior, Alentejo. Licenciado em Economia pela Universidade de Évora e com mestrado em Economia da Empresa e da Concorrência no ISCTE – Business School. Exerce atualmente funções no Grupo Nabeiro – Delta Cafés. Integra a equipa do MeuCapital desde outubro de 2022, devido à vontade de evoluir, aprender e pelo gosto nas áreas de Economia e Finanças.