Apesar da intensa pressão inflacionista presente em toda a Europa e um pouco por todo o mundo, os bancos continuam a emprestar dinheiro para a compra de habitação. O contexto é desafiador para ambos os agentes económicos mas os bancos continuam a manter a capacidade de emprestar e as famílias com a manutenção dos seus depósitos.
Assim, no final de maio de 2022, o montante dos créditos concedidos para habitação em Portugal ascendeu a 98,7 mil milhões de euros, o que, segundo as estatísticas do Banco de Portugal, traduziu um crescimento de 4,8% face a igual mês de 2021. A verdade é que desde dezembro de 2019 que o montante concedido em empréstimos habitacionais têm aumentando, embora não de forma linear. O que quer dizer que a pandemia não travou a compra de casa com recurso a crédito habitação, até porque o contexto de confinamento favoreceu a acumulação de poupanças e a valorização dos espaços interiores e exteriores das casas.
Em relação ao total de empréstimos dos particulares, que resultam da conjugação dos empréstimos ao consumo e habitação, os empréstimos da casa representam cerca de 77% do total de empréstimos a particulares. Segundo o Bp, “o montante total dos empréstimos ao consumo fixou-se em 20,0 mil milhões de euros, mantendo a trajetória de aceleração que se verifica desde setembro de 2021”, sublinha o regulador português.
Por sua vez, o o crédito concedido às empresas totalizava 76,7 mil milhões de euros, um acréscimo de 2,8% face a maio de 2021. Segundo uma nota do Banco de Portugal, “este crescimento foi inferior ao registado nos meses anteriores, uma tendência que se mantém desde fevereiro”.
As micro empresas e grandes empresas registaram uma subida dos montantes de crédito concedidos. No final de maio de 2022, os particulares tinham depositado nos bancos residentes 178,4 mil milhões de euros, e as empresas 63,4 mil milhões de euros. Estes depósitos cresceram, respectivamente, 6,8% e 11,8% em relação a maio de 2021.
Duarte Talhão, 18 anos, natural de Faro. Frequenta o 2º ano de licenciatura em Gestão de Empresas na Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG). Atualmente pretende desafiar-se diariamente e dado o gosto pela área económico-financeira, decidiu integrar a MeuCapital em março de 2022 onde o fulcral objetivo passa por abordar e desmistificar temas que promovam a literacia financeira e que permitam a constante aprendizagem com os restantes membros da organização.
