Empresas petrolíferas confiantes no futuro da indústria

As maiores empresas da indústria petrolífera da Europa demonstraram elevada confiança de que o momento dos lucros avultados está a voltar, aumentando significativamente os retornos aos acionistas. 

A gigante Royal Dutch Shell ($RDS-A) surpreendeu os investidores ao anunciar um aumento nos dividendos de aproximadamente 40% e 2 mil milhões de dólares em programas de buybacks de ações. Estes dados são bastante importantes para o setor, que pretende persuadir os investidores a não perderem a esperança nas empresas que auferem a maioria dos seus rendimentos através da exploração de petróleo, apesar das crescentes preocupações com as alterações climáticas. 

O aumento do preço do petróleo no último ano tem sido uma das principais fontes de confiança para estas empresas, sendo que, para além da Shell, também outras grandes empresas deste setor, como a TotalEnergies ($TTE), a ExxonMobil ($XOM) e a Chevron ($CVX), têm distribuído dinheiro aos acionistas, tanto na forma de dividendos, como através de programas de recompra. 

De acordo com Ben van Beurden, CEO da Shell, “a oferta será restrita e a procura será muito elevada”. O empresário reforça ainda a sua convicção ao afirmar que “é importante sinalizar ao mercado a confiança que temos nos cash flows”. 

Os anúncios de Ben van Beurden surgem no mesmo dia em que a Shell relatou grandes aumentos na receita do segundo trimestre de 2021, levando os números de volta aos níveis anteriores à pandemia. Esta notícia agradou os investidores, sendo que o preço das ações da gigante holandesa está atualmente com um crescimento intradiário superior a 3,5%.

Apesar das notícias positivas e confiança por parte das grandes empresas, a indústria está sob pressão crescente para abandonar os combustíveis fósseis e efetuar a transição para energias renováveis o mais rapidamente possível, numa altura em que o mundo luta com os perigos evidentes do aquecimento global. Deste modo, o setor ainda está com dificuldades, encontrando-se 22% abaixo do valor atingido no final de 2019. 

Segundo Jason Kenney, analista do Banco Santander SA, as empresas petrolíferas “necessitam de um investimento significativo para realizar a transição para uma fonte de energia limpa”, o que pode ser um fator determinante no futuro de várias empresas que não tenham a possibilidade de efetuar tais investimentos.

Autor: Diogo Neves

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