No segundo trimestre de 2022, as maiores petrolíferas do Ocidente, Exxon ($XOM), Chevron ($CVX) e Shell ($SHEL), apresentaram lucros somados de US$ 46 mil milhões, batendo recordes históricos. O valor foi possível graças ao aumento do preço do petróleo depois das restrições feitas à Rússia devido à guerra contra a Ucrânia.
A Exxon, maior empresa de petróleo dos EUA, afirmou que seu lucro referente aos meses de abril a junho foi de US$17,9 mil milhões, valor quatro vezes mais alto que o lucro do mesmo período do ano passado. A Chevron também registrou lucro recorde de US$ 11,6 mil milhões, sendo que no mesmo período do ano anterior havia apresentado lucro de US$ 3,1 mil milhões. Já o lucro trimestral da Shell alcançou os US$11,5 mil milhões, o dobro do ano anterior, superando as expectativas dos analistas.
Durante a pandemia de Covid-19, o setor petrolífero vivenciou uma situação financeira delicada, sendo que muitas empresas acabaram por declarar falência neste período, como é o caso da Whiting Petroleum. Em 2020, a Exxon Mobil e a Chevron também registraram perdas históricas, com a primeira tendo sido retirada do índice Dow Jones Industrial Average ($DJI), um dos principais índices dos movimentos do mercado norte-americano, ao lado do Nasdaq e do S&P 500.
Assim, os últimos resultados são um respiro de alívio para essas empresas, que se mostram muito satisfeitas com o desempenho dada a turbulência dos mercados em 2022. Entretanto, os lucros recordes das empresas deste setor têm levado alguns governos a ponderar sobre impostos especiais sobre estes ganhos extraordinários.
Maysa Deliberador, 25 anos, licenciada em Gestão pela Universidade Católica de São Paulo, atualmente frequenta o 3º ano da licenciatura em Psicologia na Universidade Católica Portuguesa. Seu interesse no impacto dos acontecimentos políticos e econômicos nas pessoas e sua paixão pela escrita fez com que se tornasse embaixadora da MeuCapital.
