O magnata da mineração de ferro Andrew Forrest criticou Elon Musk pela sua opinião relativamente aos veículos que utilizam hidrogénio como fonte de energia.
Andrew Forrest criticou a visão limitada do CEO da Tesla e acusou a sua empresa de vender carros que, na realidade, “utilizam combustíveis fósseis”, em vez da energia limpa que publicitam. Este comentário tem como alvo as fontes energéticas associadas à produção e carregamento das baterias, utilizadas nos carros da Tesla, processos que atualmente ainda requerem energia produzida a partir de fontes não renováveis.
O australiano afirmou, ainda, que os materiais necessários para a produção de baterias, como o lítio, são limitados, enquanto que o hidrogénio é “de longe, o elemento mais comum do universo”, realçando a prosperidade e sustentabilidade da tecnologia que apoia.
Por outro lado, há vários anos que Elon Musk ridiculariza os automóveis a hidrogénio, afirmando que a tecnologia se trata de um sistema “extremamente ineficiente”, devido aos elevados custos associados à produção das células de combustível e ao processo de transformação de hidrogénio em energia.
Ambas as tecnologias possuem as suas vantagens e desvantagens. No entanto, o mercado dos veículos elétricos está atualmente mais desenvolvido e otimizado, sendo que, nos últimos anos, se tem observado a criação e expansão de várias empresas neste setor. Os investidores aparentam depositar muita confiança na indústria, o que levou a um rápido crescimento no preço das ações de empresas cotadas na bolsa de valores, como a Tesla ($TSLA), a Nio ($NIO), a Lucid Motors ($CCIV), entre outras. Em 2020, mais de 3 milhões de veículos que utilizam esta tecnologia foram produzidos e vendidos no mundo.
Comparativamente, o mercado dos veículos movidos a hidrogénio não possui o impacto do mercado dos veículos elétricos. Apesar disso, alguns gigantes da indústria automóvel acreditam no potencial do hidrogénio como fonte de combustível e têm investido nessa tecnologia. São exemplos a Toyota, a Hyundai e a Honda, motivadas pelas promessas de países como a China, Japão e Coreia do Sul, que pretendem aumentar drasticamente o número de carros na estrada a utilizar este sistema energético, durante os próximos anos.
Autor: Diogo Neves | Fonte: Yahoo Finance
