EllaLink liga Europa ao Brasil pelo oceano

Na última segunda-feira, dia 31 de maio, foi apresentado o EllaLink, o primeiro cabo ótico submarino que liga a Europa ao Brasil, mais concretamente à cidade de Fortaleza. É um investimento de 150 milhões de dólares e assume-se como essencial para a conexão digital de ambos os continentes.

Ao longo das últimas décadas, a procura exponencial do mundo digital fez aumentar a necessidade de conectividade mais rápida entre países e continentes, de uma simples ligação por voz a um streaming em tempo real e a todas as futuras aplicações que serão possíveis graças ao 5G, que já se encontra agora implementado em muitos locais do globo.

Quanto maior a evolução da tecnologia, maior a necessidade de especificações quanto à utilização desta. Estas aplicações requerem cada vez mais um menor espaço de tempo no qual a informação demora a passar na rede, isto é, todo o processo, desde os utilizadores até aos datacenters. Esta razão aliada ao crescimento da Internet faz com que investimentos como o Ellalink sejam primordiais para o desenvolvimento tecnológico e, consequentemente, económico.

Evolução do total de utilizadores de internet. Fonte: World Bank

Constituindo a primeira ligação direta de alta velocidade por cabo submarino entre a Europa e a América do Sul, o Ellalink é considerado pela presidência portuguesa “uma infraestrutura essencial para a conexão digital e a partilha de dados”.

O projeto de construção do cabo submarino de transmissão de dados foi aprovado em 2019 e vai possuir uma capacidade de fluxo de dados na ordem dos 100 TB  de dados e ligar-se-à a 6 datacenters.
Segundo um estudo da Copenhagen Economics, encomendado pela Google ($GOOGL), os cabos submarinos EllaLink e Equiano, este segundo financiado pela Google, podem significar 500 milhões de euros por ano no PIB português de forma direta.

A multinacional vem afirmar que, em 2022, ano em que cabos estarão em pleno funcionamento, a infraestrutura terá um impacto relevante quanto às melhorias na vertente digital. O cabo submarino não terá um impacto positivo apenas no setor das telecomunicações, sendo que a infraestrutura aumentará a conectividade nos serviços dedicados à cloud, transações digitais e à indústria do gaming

Autor: Daniel Branco

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