A EDP Renováveis – Energias de Portugal Renováveis ($EDPR.LS) enviou um comunicado, esta quinta-feira, à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), no qual refere que produziu, nos primeiros seis meses de 2022, 17,8 TWh (terawatt-hora) de energia verde. Este valor corresponde, assim, a um aumento de 16% em relação ao período homólogo de 2021.
A empresa do setor energético realça que a Europa e a América do Norte representaram, 36% e 57%, respetivamente, da produção total de energia verde.
Por um lado, na Europa, a produção aumentou 10% face ao mesmo período do ano precedente, “impactada pela maior capacidade instalada e recurso renovável estável”. Já quanto à América do Norte, o crescimento foi de 12%, “refletindo o melhor recurso renovável registado nos EUA e Canadá”.
No entanto, o aumento mais expressivo, em relação ao 1º semestre de 2021, aconteceu na América do Sul, sendo de cerca de 111%, resultante da “maior capacidade instalada no Brasil, parcialmente neutralizada pelo recurso renovável mais baixo”.
Em relação à capacidade instalada, a EDP Renováveis aumentou para 13,8 GW, correspondendo a uma subida de 1,2 GW quando comparado com o mesmo período do ano anterior, com a Europa e a América do Norte a representarem, respetivamente, 40% e 51% do portfólio. Apresenta-se, deste modo, “uma maior diversidade tecnológica com 12,2 GW de eólico onshore, 1,3 GW de solar e 1,5 GW de capacidade bruta de eólico offshore em operação”.
O comunicado denota, ainda, que as energias renováveis representaram, no período em análise, 75% da eletricidade gerada pela EDP, mesmo com uma produção hídrica abaixo do esperado. Este dado é particularmente relevante, pois permite-nos, a nós, bem como a Espanha, estarmos, num futuro próximo, quase exclusivamente dependentes das energias renováveis, podendo excluir a importação de gás russo.
Autor: Diogo Martins
