A pressão inflacionista atual nos mercados financeiros posiciona as empresas cotadas na Bolsa de Valores, como é o caso da EDP, em vantagem perante as outras. A EDP registou um andamento favorável das suas receitas, face ao panorama contemporâneo de elevadas taxas de inflação.
De entre as cinquenta e quatro empresas cotadas na bolsa de valores de Lisboa, a Euronext Lisbon, apenas quatro apresentaram variações desfavoráveis ao nível da sua capitalização bolsista, pelo que o índice PSI-20 teve uma evolução positiva, na última semana.
A EDP encontra-se fora do nicho pejorativo, registando uma valorização de 3,09% no presente mês. Contas financeiras equilibradas e sólido crescimento no ano de 2021, aliado à aposta da empresa no setor das energias limpas são alguns dos fatores explicativos que Miguel Stilwell d’Andrade, atual diretor executivo, alude, no sentido de desmistificar o atual sucesso da empresa.
Perante a conjuntura económica menos propícia para o crescimento das receitas, resultante de maiores custos de produção, ao nível dos bens e serviços, a EDP consegue dar uma resposta,surpreendentemente, positiva.
A adoção de certas políticas financeiras internas ao grupo da EDP também explicita o seu sucesso, no que diz respeito à arrecadação de receitas. A fixação de valores para os indicadores de rentabilidade e autonomia financeira para a empresa permite à mesma que, face à volatilidade de preços, o panorama financeiro se mantenha equilibrado.
Contratos de financiamento a taxa de juro fixa é um dos instrumentos de política utilizados, de forma a que, face a um quadro de elevada inflação, o custo de financiamento se mantenha inalterável, contribuindo para a estabilidade financeira da EDP.
O setor das energias renováveis é menos sensível a oscilações de preços, em clima de incerteza, o que explica a forte aposta neste ramo energético, em situações de subida abrupta do nível geral de preços.
Em tempos em que prevalece insegurança, risco e até mesmo medo por parte dos empresários, esperando o pior para o que se avizinha, são as capacidades de reação a momentos inesperados, de resiliência face à instabilidade contínua que, de acordo com Stilwell d`Andrade, prometem um futuro promissor à EDP.
Parece ir ainda mais longe, quando reconhece que, para o mesmo, são estes tempos mais arriscados que permitem a inovação constante. O “sair fora da caixa” é assim tido não só como forma de reformar, internamente, a EDP, mas também como modo de garantir a saúde e estabilidade ou até mesmo prosperidade financeira da empresa.
Bárbara Costa, 22 anos, natural do Porto. Frequenta o 3ºano de Economia na FEP. Faz parte da plataforma digital “Hollow”, apoiando os subscrito em algumas unidades currriculares da licenciatura. Explicadora de Economia a dois alunos do 10ºano do ensino secundário. Integrou a MeuCapital, em abril de 2022, com o propósito de estar mais a par dos acontecimentos financeiros atuais, bem como de alargar algumas das suas capacidades cognitivas.