Para um estudante de Economia ou Gestão, o termo é bastante familiar desde as cadeiras introdutórias nos primeiros semestres. Mas a dinâmica do mecanismo, à primeira vista, pode parecer confusa e quase enganadora.
Qualquer indústria automóvel, petrolífera, farmacêutica ou até a banca são especialistas em economias de escala e este mecanismo permite, aumentar exponencialmente os seus lucros, necessitando, apenas de mercado.
Mas afinal o que é uma economia de escala?
Para obtermos uma economia de escala são precisos 2 ingredientes chaves: aumento da produção, e uma redução do custo unitário de produção.
O primeiro ponto não depende apenas da capacidade produtiva da empresa. Este é o resultado da capacidade de vendas da mesma uma vez que ter uma produção excessivamente elevada face às vendas levará a um aumento dos custos de armazenagem que, como é sabido, são elevadíssimos.
O segundo ponto necessário para ter condições para ter uma economia de escala é a necessidade que o custo unitário do produto baixe. É simples perceber que se temos mais vendas e mais unidades e menos custos a receita irá aumentar por duas vias: mais exemplares e menos custos por unidade. Esta redução pode resultar da diluição de custos fixos elevados pelo número de unidades produzidas, como por exemplo licenças, ou pelo desenvolvimento de novas tecnologias de redução e distribuição
A tesla baixou o preço de alguns dos seus modelos em quase 10000€ o que segundo a própria fabricante só foi possível com a “melhoria contínua do produto através de engenharia e processos de fabrico originais” o que “otimizou ainda mais a capacidade de fazer o melhor produto por um custo líder da indústria”- insinuando, que foi através de economias de escala que conseguiram uma redução tão grande no preço, apesar de alguns especialistas darem conta de entrada de rivais chineses que em 2023 entraram no mercado europeu.
Autor: Samuel Silva
Samuel Rodrigues Silva, 20 anos, natural de São João da Madeira e estudante de 2.º ano de economia na Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra. Gosto de me envolver em projetos externos à faculdade, uma vez que me permite conhecer mais da realidade empresarial e social do mundo. Pertenci à direção da Júnior Empresa de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (JEEFEUC) onde desenvolvi soft e hard skills.
