A plataforma de ensino de línguas, Duolingo, entrou no início da semana com um pedido para ingressar no mercado bolsista, aproveitando assim o momentum de crescimento rápido e receitas fortes.
A empresa, com base em Pittsburgh, que compreende um site, aplicações e também um exame de proficiência digital, já alcançou mais de 500 milhões de downloads. A plataforma oferece cursos de aprendizagem de 40 línguas diferentes aos seus 40 milhões de utilizadores ativos.
O modelo de negócio da Duolingo baseia-se nas receitas arrecadadas com a publicidade dentro da aplicação, tendo em conta que a maioria das suas funcionalidades são oferecidas aos utilizadores de forma gratuita.
De facto, entre 2019 e 2020, as receitas da empresa subiram mais de metade (de 70,8 milhões de dólares para 161,7 milhões). Contudo, mais de 3 quartos da sua receita trimestral mais recente vieram de subscrições ao plano premium, Duolingo Plus, enquanto que 17% vieram da publicidade dentro da aplicação e cerca de 11% vieram do exame de inglês online, que possibilita aos utilizadores uma forma prática de ter acesso a uma prova de proficiência linguística legítima.
Agora, quase uma década depois da sua conceção, a Duolingo prepara-se para o lançamento da sua oferta pública inicial (IPO), com o ticker $DUOL. Por enquanto, ainda não existem certezas acerca do valor que a empresa irá conseguir arrecadar após a abertura ao público. Porém é sabido que, na sua última avaliação, a Duolingo atingia os 2,4 mil milhões de dólares em valor.
A Duolingo possui duas classes de ações. Cada ação Classe A vale um voto e cada ação Classe B vale 20 votos. Os seus maiores acionistas são a NewView Capital, que detém 20,1% das ações Classe B, dois cofundadores, com 14,8% cada um, e a Union Square Ventures, que detém 14,2%. Além disso, a CapitalG possui 13,7% das ações Classe B, a Kleiner Perkins 10,5% e a General Atlantic 7,1%.
A empresa tem também ambições para alargar a sua oferta de valor a outros ramos dentro do ensino digital, sendo que, no ano passado, já lançou uma nova aplicação destinada a ensinar competências de linguagem básicas a crianças entre os 3 e os 6 anos de idade, a Duolingo ABC.
“O que é preciso saber é que pretendo dedicar a minha vida à construção de um futuro em que, por meio da tecnologia, todas as pessoas do planeta tenham acesso à educação de melhor qualidade” partilhou Luis von Ahn, cofundador da Duolingo, numa mensagem aos potenciais investidores da aplicação.
Autora: Leonor Ramos