Dívidas, sim ou não?

As dívidas são um dos maiores problemas e oportunidades para indivíduos, empresas e governos. Nesse sentido, é importante saber geri-las de forma a mitigar os seus riscos e capitalizar os seus benefícios.

As dívidas são, na sua maioria, créditos ao consumo ou ao investimento. Estes estão associados a créditos pessoais ou cartões de crédito e ao crédito à habitação, empréstimos de bancos a instituições não financeiras ou a Estados, respetivamente. O primeiro tipo, pode ser utilizado para obter um automóvel e o segundo, para investir numa nova fábrica, por exemplo.

A alavancagem, a possibilidade de aumentar o número de recursos disponíveis, nomeadamente financeiros, através de um empréstimo, é a motivação para contrair dívida. Sendo assim, os conceitos de taxa de esforço (peso de encargos com dívidas, nos rendimentos mensais de famílias) e rácio de dívida (peso das dívidas de uma empresa, ou passivo, em relação aos seus ativos), tornam-se essenciais de entender.

O objetivo de empresas, famílias e Estados, deve passar por analisar o grau de endividamento e os juros que serão pagos. 

O endividamento, por sua vez, deve estar abaixo do rendimento mensal, dos ativos e do PIB. Isto para diminuir a probabilidade de falências ou bancarrotas, em momentos de maiores dificuldades económicas, como atualmente, devido à guerra na Ucrânia e à pandemia. 

No caso de uma família apresentar uma taxa de esforço de 80%, esta poderá ter de recorrer às suas poupanças, todos os meses, para abater a dívida que contraiu, se as suas despesas mensais representarem 40% do rendimento.

Já os juros a pagar, devem ter como cupão ou percentagem do valor emprestado, um número inferior ao do retorno real esperado pelos agentes económicos. 

Tendo uma empresa contraído um empréstimo que tem como cupão, 7%, e sendo o seu retorno real esperado de 5%, esta dívida, representará uma má relação de custo-benefício e uma perda de poder de compra.

Resumindo, a dívida é um instrumento financeiro essencial a todos os agentes económicos, tanto para consumo como investimento e deve ser utilizada de forma a melhorar as condições económicas e bem-estar, tendo em conta rácios de endividamento e os retornos associados.

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