Credit Suisse prevê a perda de $1,6 mil milhões

O Credit Suisse já muito abalado pelo ano de 2021 com um conjunto de escândalos e perdas, espera ter uma perda de 1,5mil milhões de francos suíços (US$1,58 mil milhões) antes de impostos no seu quarto trimestre. No ano passado, o banco sofreu uma perda de US$5,5 mil milhões com o desmembramento da empresa de investimentos norte-americana Archegos. Acrescentando ainda, a falência da empresa Greensill Capital, uma empresa de serviços financeiros, que custou ao Credit Suisse, o seu credor, a congelação de milhares de milhões em fundos de investimento. O banco fez uma avaliação preocupante dos níveis dos seus problemas que foram acentuados por clientes que retiraram poupanças e investimentos. O banco registou uma saída equivalente a 6% dos ativos geridos pelo grupo no final do terceiro trimestre, registando uma melhoria desde então, contudo, esta ainda não foi revertida. Consequentemente, o banco viu-se obrigado a “mergulhar” em amortecedores de liquidez, levando-o a ficar abaixo de certos requisitos obrigatórios mínimos. Fazendo as contas em todo o grupo, o banco perdeu cerca de 84 mil milhões de francos suíços (US$88,2 mil milhões) em ativos, em virtude dos clientes de gestão de património, de gestão de ativos e do banco comercial trocarem as suas reservas de caixa, investimentos e depósitos para bancos rivais. O analista do JPMorgan, Kian Abouhossein, afirmou que “o Credit Suisse ainda não está fora de perigo em termos de estabilização da franquia Andras Vneditti, analista da Vontobel afirmou: “As enormes saídas líquidas na Gestão de Fortunas, o principal negócio do Credit Suisse ao lado do Banco Suiço, são profundamente preocupantes, ainda mais porque não foram revertidas”. E acrescentou ainda: “o declínio significativo resultante dos ativos sob gestão reduzirá as nossas receitas e estimativas de lucro de longo prazo. O Credit Suisse precisa de restaurar a confiança o mais rápido possível – mas é mais fácil falar do que fazer”. 

Medidas tomadas pela Credit Suisse:

Para reverter esta situação, no final de outubro, o Credit Suisse revelou um plano para cortar milhares de empregos (demissões de 5%) e avançando com a meta de reduzir custos em 15% até 2025, incluindo cortes de gastos em cerca de 1,2 mil milhões de francos até ao final de 2023. O banco anunciou também que aceleraria a reestruturação do seu banco de investimento vendendo uma parte significativa do seu grupo de produtos securitizados (SPG) para a Apollo Global Management, reduzindo os ativos do SPG de US$ 75 mil milhões para aproximadamente US$ 20 mil milhões até meados de 2023.  O CS tem esperança que “essas ações e outras medidas de desalavancagem, incluindo, mas não se limitando a, nos negócios não essenciais, fortaleçam os índices de liquidez e reduzam os requisitos de financiamento do Grupo” Na gestão de património, as saídas reduziram “significativamente” em relação aos grandes níveis das primeiras semanas de outubro e estavam em torno de 10% dos ativos sob gestão no final do terceiro trimestre de 2022, referiu o Credit Suisse.  As ações do banco caíram 6% nas negociações de quarta-feira, para 3,62 francos suíços, o preço mais baixo em pelo menos 30 anos, tendo caído 60% este ano. Autor: Sara Nobre

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