Credit Suisse e o Greensill Capital

O Banco Credit Suisse prepara as reivindicações de seguros, relativamente às perdas na ordem dos $10 000 000 000 devido ao colapso do grupo financeiro Greensill Capital, do qual era credor, segundo informações do Financial Times.

A Greensill Capital, fundada pelo australiano Lex Greensill, era uma empresa de supply-chain finance, que cobria dívidas de empresas no imediato, pelo pagamento de uma taxa, apoiando as empresas na questão de pagamentos em atraso. A empresa começou a trabalhar com o National Health Insurance (Sistema Nacional de Saúde Britânico), enquanto fazia parte do Citibank, no ano de 2012.

O Greensill Scandal surgiu da declaração de insolvência da empresa, que havia declarado insolvência em março de 2021. O antigo primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, realizou um acordo de conluio com Rishi Sunak, Chanceler da Exchequer, para alterar legislação com objetivo de permitir que a Greensill Capital recebesse um empréstimo emergencial do governo britânico como auxílio à situação pandémica.

As reivindicações irão averiguar se o seguro de crédito realizado pela Greensill foram uma componente vital na sua securitização.

Os fundos do Credit Suisse investidos em notas fiscais foram adquiridos à Greensill, que de seguida realizaram um seguro caso as mesmas não fossem pagas. A empresa entrou em insolvência após cessar o contrato com a Tokio Marine Bond & Credit Co..

Embora tenha sido a Greensill a realizar o seguro, foi o Credit Suisse que pagou o prémio do mesmo e tem o direito a reivindicar o capital perdido. O antigo administrador da Greensill, Grant Thorton, alegadamente também estaria envolvido na submissão das reivindicações.

A posição do banco é a de que financiar notas de crédito que ainda não foram submetidas são protegidas pelo seguro. A Tokio Marine afirmou publicamente que o seguro cobre apenas os créditos previamente assegurados.

“Todo este processo é moroso, pelo que desejamos cobrir todos os pontos com o objetivo de reaver os fundos dos investidores” afirmou uma fonte confiável do Financial Times.

Autora: Sofia Magalhães

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