A variante delta da COVID-19 preocupa o mundo, devido à sua elevada transmissibilidade. Com o aumento do número de novos casos, a recuperação económica dos EUA encontra-se em “cheque”, levando alguns economistas a não colocarem de lado a opção de alargar a duração dos benefícios oferecidos aos desempregados.
Eliza Forsythe, economista da Universidade de Illinois, alertou para a possibilidade de uma nova contração económica em determinadas áreas. Acredita-se que o programa de desemprego sofrerá cortes e não terá a mesma estrutura do ano de 2020.
A maioria dos estados republicanos retirou os apoios federais para os desempregados, por acreditarem que estes são um impeditivo do regresso ao trabalho. Muitos economistas defendem a análise dos dados das infeções mais recentes da COVID-19 e só depois a tomada de decisões.
O CDC (Centro de Controlo e Prevenção de Doenças dos EUA), através das suas estimativas, afirma que cerca de 58% dos novos casos nos EUA advêm da variante delta, a variante considerada mais contagiosa até ao momento. O médico chefe da Casa Branca alerta ainda para o facto de esta ser uma grande ameaça para a saúde pública e um impedimento à supressão deste vírus.
Mas o que são então os benefícios do desemprego?
Com o número de casos de COVID-19 a aumentar durante 2020, o Congresso dos EUA fundou um programa de benefícios para “ajudar” os desempregados financeiramente, através da Lei CARES.
Este programa visa dar apoio às pessoas que tenham esgotado os benefícios do estado e também àquelas que não estariam incluídas no programa, devido à legislação e normas.
Apesar do número de casos estar a aumentar, a história não se repete. No ano que decorre, cerca de 60% dos adultos no país encontram-se vacinados e, de acordo com estudos efetuados, a variante delta atinge em maior escala as pessoas que ainda não foram vacinados.
Michael Farren, economista, afirma que o ideal seria aumentar o número de vacinados e não prolongar o programa de desemprego. Este defende que os benefícios do estado podem afetar a economia do país, caso alguns trabalhadores adiem o regresso ao trabalho e prefiram receber estes apoios.
A falta de mão de obra leva a que as empresas automatizem mais o seu ramo e recorram a mais maquinaria para substituir o ser humano. Este pode tornar-se num outro fator de “estancamento” da economia americana.
Autor: Joana Marcos