Conselho de Finanças Públicas divulga as suas expectativas para o futuro da economia portuguesa

O Conselho de Finanças Públicas (CFP) divulgou as suas previsões quanto ao comportamento futuro da economia portuguesa, tendo expectativas mais positivas que aquelas feitas pelo Governo.

O comportamento futuro da economia portuguesa foi estudado pelo Conselho de Finanças Públicas, sendo que as suas expectativas são de que em 2024 o nosso país já venha a ter um excedente orçamental e que em 2027 a nossa dívida pública venha a representar 90,3% do PIB.

No que toca ao excedente orçamental, esta projeção representa uma melhoria em 3 anos, das expectativas do Governo apresentadas no Programa de Estabilidade (PE/2023), “o saldo orçamental das Administrações Públicas (AP) deverá melhorar 0,5 p.p. [pontos percentuais] entre 2022 e 2027, fixando-se num excedente de 0,1% do PIB [Produto Interno Bruto] no final do horizonte de projeção”. Segundo as projeções do CFP, “a partir de 2024, o saldo orçamental atinja um excedente de 0,4% do PIB para estabilizar nesse nível até final de 2027”.

Para esta divergência muito contribui o facto “de totalidade do recálculo dos encargos com juros apontar para um peso no PIB inferior ao previsto no Programa de Estabilidade, uma vez que o saldo primário (sem juros) apresenta uma melhoria globalmente em linha com o previsto no PE/2023 embora ligeiramente menos pronunciada”.

Quanto à dívida pública, o CFP projeta que a rota descendente que se iniciou em 2017 irá continuar durante os próximos anos, prevendo que em 2027 atinja um valor de 90,3% do PIB,  “devido essencialmente ao contributo menos desfavorável do efeito juros”.

No entanto é importante realçar que o organismo refere que as suas projeções poderão não corresponder à realidade, devido ao “elevado grau de incerteza em que se insere este exercício quanto às perspetivas para a evolução dos preços e às medidas a adotar pelos bancos centrais no atual contexto de inflação, sendo de difícil quantificação o respetivo impacto nas taxas de juro de novas emissões de dívida”.

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