Os dados previamente apresentados pelo Banco de Portugal e pelo Instituto Nacional de Estatística já faziam denotar uma situação de abrandamento da economia, num campo em que a inflação é um jogador-chave. Em termos económicos, o que acontecerá no futuro, será pautado pelo comportamento da inflação e pelo incremento dos custos. A conjuntura económica atual do país e do mundo, prevê tempos de incerteza e de dificuldades para todos os países, apelando à sua capacidade de resiliência.
De seguida iremos conhecer os cinco sinais principais que demonstram que a economia não está a evoluir.
Desaceleração da atividade económica
Os indicadores demonstram uma desaceleração da atividade económica em setembro, após ter acelerado no mês de agosto, registando atualmente a taxa mais baixa desde março de 2021.
Contudo, o abrandamento da atividade económica não será uma surpresa para as empresas, pois estas já se consciencializaram que os consumidores irão apresentar um menor poder de compra, fruto da conjuntura económica atual.
Consumo privado enfraquece
Na esfera económica, um dos indicadores mais importantes para aferir o crescimento da economia é o consumo privado, o qual representa cerca de dois terços do PIB em Portugal. Os dados fornecidos pelo Banco de Portugal, instituição liderada por Mário Centeno, mostram que o consumo privado evoluiu 2,3%, cerca de 0,6% da evolução verificada no mês de agosto.
Quebra da confiança dos consumidores
Fruto da conjuntura económica de incerteza, a confiança dos consumidores encontra-se atualmente nos níveis mais baixos desde a pandemia. Esta quebra de confiança ocorre num cenário de subida da inflação para valores que não se viam há 40 anos.
Investimento em queda
Com o consumo privado a enfraquecer, o Governo deposita toda a sua confiança no investimento para ajudar ao PIB do próximo ano. Todavia, segundo os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Estatística, os indicadores relativos ao investimento já evidenciam uma desaceleração proeminente.
Exportações diminuem de forma generalizada
As encomendas externas na indústria transformadora originárias dos principais países clientes de Portugal, recuou 16,8% no mês de outubro. A variação negativa das exportações deve-se em grande medida ao contexto externo, o qual também se encontra em desaceleração.
De que forma podemos olhar para o futuro?
Tendo por base todos os dados, ninguém pode afirmar com certeza como será a evolução da economia. A situação de recessão ainda não está posta de parte, contudo está previsto que no próximo ano tanto a economia portuguesa como a europeia cresçam. Contudo não podemos ignorar as ameaças iminentes, como a guerra na Ucrânia ou a subida dos preços.
Patrícia Neves, 24 anos, natural de Coruche no distrito de Santarém. Licenciada em Jornalismo e apaixonada pela escrita. Tem experiência como Content Writer and Content Producer e gosto de todos os temas que estejam relacionados com o mundo. Além disso, desenvolvi, por intermédio de experiências e formação, interesse nas áreas da economia e finanças.