São vários os riscos que compõem o risco financeiro. Na sua generalidade, risco financeiro compreende as incertezas às quais as empresas estão sujeitas nas suas operações financeiras que vão desde a gestão do fluxo de caixa até à alocação de recursos em investimentos.
Assim, o risco de mercado, risco de liquidez, risco de crédito, risco operacional são tipologias de risco financeiro, estando cada um associado a um determinado conjunto de situações que afetam indiretamente ou diretamente a empresa.
Investidores, gestores e acionistas estão preocupados com a gestão, rentabilidade e sustentabilidade das empresas, razão pela qual várias são as medidas e estratégias implementadas que visam a minimização do risco financeiro.
Estratégias para reduzir o Risco Financeiro
Ajustar as necessidades em fundo de maneio à situação financeira da empresa
Garantir a solvabilidade da empresa é fulcral para reduzir o risco financeiro da empresa. Investir adequadamente em NFM permite à empresa possuir recursos financeiros suficientes que asseguram, em caso de incumprimento de terceiros ou em caso de falta de recursos para amortizar ou até mesmo liquidar certas dívidas.
Ajustar o nível das NFM permite, por isso, atingir a adequabilidade de recursos monetários que a empresa possui perante a situação financeira que a mesma enfrenta. Alterar os tempos médios de pagamento a fornecedores ou de recebimento de clientes é uma das estratégias para ajustar as NFM`s.
Diversificação da carteira de investimento
Investir em produtos financeiras inclui-se na atividade corrente da empresa. Investimos para criar mais do que aquilo que gastamos para investir, de modo que tal seja rentável no futuro. Quando investidores e mesmo próprios acionistas adquirem produtos dos mercados financeiros, os quais estão sujeitos ao risco taxa de juro, risco taxa de câmbio e também ao risco de mercado, os mesmos podem diversificar o seu portefólio de títulos.
Através da análise de variáveis como coeficiente de correlação entre dois ativos, betas e covariâncias entre ativos, os investidores podem minimizar o risco da carteira e, assim, obter retornos, previsivelmente, mais certos e precisos no futuro.
Utilização de futuros e opções
A cobertura do risco cambial permite aos investidores saberem que futuramente vão pagar ou receber aquilo que já estava acordado, não estando o montante a liquidar ou a receber sujeito a flutuações cambiais. A utilização de alguns produtos derivados, como futuros e opções, é uma ótima estratégia a adotar por parte dos investidores.
No caso dos futuros, cujo mecanismo se assenta numa câmara de compensação entre agentes económicos que assegura a realização da transação e, por isso, elimina o risco de incumprimento, caso o preço a pagar ou a receber seja diferente, resultante de flutuações de taxa de câmbio.
As opções atribuem ao agente o direito a comprar ou a vender um determinado ativo não vinculando o sujeito à sua execução, pelo que, em caso de oscilações menos favoráveis, na ótica do investidor, as suas perdas são “trancadas” a 0, isto é, minimizadas à nulidade, pelo que o mesmo não incorre em prejuízos.
Bárbara Costa, 22 anos, natural do Porto. Frequenta o 3ºano de Economia na FEP. Faz parte da plataforma digital “Hollow”, apoiando os subscrito em algumas unidades currriculares da licenciatura. Explicadora de Economia a dois alunos do 10ºano do ensino secundário. Integrou a MeuCapital, em abril de 2022, com o propósito de estar mais a par dos acontecimentos financeiros atuais, bem como de alargar algumas das suas capacidades cognitivas.