Esta segunda-feira, a Comissão Europeia aprovou uma ajuda de 4 mil milhões do Estado francês à Air France para a sua recapitalização.
Com a pandemia de Covid-19, vários países europeus estão a fechar fronteiras numa tentativa de tentar controlar a propagação do vírus. Devido a esta estratégia, as viagens aéreas sofreram um colapso durante a pandemia. Como era previsto, as companhias aéreas tiveram grandes perdas. Neste caso, a Air France-KLM(AF) declarou um prejuízo de 7,1 mil milhões de euros para 2020 e estão à espera de uma perda de 1,3 mil milhões de euros para o primeiro trimestre deste ano.
Com esta ajuda de 4 mil milhões, o Estado francês poderá aumentar a sua participação no capital da empresa para “um pouco menos de 30%”, fazendo com que o governo se torne o maior investidor singular da Air France-KLM, disse o ministro francês das finanças Bruno Le Maire.
Esta recapitalização prevê “a conversão do empréstimo estatal de 3 mil milhões de euros já concedido pela França num instrumento de capital híbrido”, bem como uma “injeção de capital pelo Estado” através de um aumento de capital “aberto aos acionistas existentes e ao mercado”, até um montante máximo de mil milhões de euros, declarou a Comissão Europeia em comunicado.
Em troca da luz verde de Bruxelas, a Air France-KLM terá de ceder 18 slots de voo a outras companhias no aeroporto de Orly em Paris, o que representa cerca de 4% dos seus slots.
A KLM não irá beneficiar desta ajuda. O Estado holandês, que tem 14% do grupo, está em conversações com a Comissão Europeia num outro plano para refinanciar a KLM. Segundo o CEO da Air France-KLM, Benjamin Smith, “estas medidas de recapitalização (…) irão dar à Air France-KLM maior estabilidade”.
Autora: Mariana Sardinha
