A Confederação da Indústria Portuguesa (CIP) apresentou um pacote de 12 medidas com o objetivo de ajudar a recuperar a economia e assegurar a transição digital do país, no qual se incluiu o pedido de incentivos fiscais para o teletrabalho.
Com a evolução positiva da pandemia, o teletrabalho já não é obrigatório desde o primeiro mês do ano. Contudo, muitas empresas continuam a adotar este regime, a tempo inteiro ou através de um regime híbrido, que combina idas ao escritório com alguns dias de trabalho em casa.
A CIP solicita incentivos fiscais para as políticas ativas de teletrabalho. Isto é, o Conselho Estratégico da Economia Digital da CIP apresentou este mês um estudo com algumas sugestões para a criação de um “pacote digital” para acelerar a digitalização das PME portuguesas e um “cheque digital” para a cobertura de 12 meses deste “pacote”. O objetivo deste pacote de medidas do Conselho Estratégico é acelerar o processo de transformação digital das PME em Portugal. Segundo o mesmo, uma forma de alcançar esta aceleração e digitalização poderia ainda prender-se com a implementação de um programa de mentoring com empresas de TIC para IT managers.
Para que este desenvolvimento seja possível a CIP sugere que se identifiquem as áreas nas quais as empresas não estão interessadas em investir, nomeadamente para garantir o acesso e a segurança de infraestruturas cloud, das redes, do sistema e a cobertura 100% para fibra e 5G, sugerindo que estas sejam supridas pelo Estado.
Por sua vez, o Executivo já se comprometeu a fazê-lo, utilizando as verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), tendo até o primeiro-ministro António Costa recordado a importância deste plano para “dar um novo impulso digital às empresas”.
Adicionalmente, o Conselho da CIP sugere que se acelere o acesso universal à banda larga por toda a população, a generalização das infraestruturas de cloud pública e a formação dos recursos humanos através da criação de três percursos formativos em sistema (operação, configuração e programação).
Todas as medidas referidas poderão contribuir a:
– Reforçar investimentos nos territórios menos centrais e urbanos;
– Criar ecossistemas industriais robustos;
– Aumentar a capacidade de atração de investimento estrangeiro.
De igual forma, a CIP reconhece que esta estratégia está alinhada com o Plano de Ação para a Transição Digital do Governo.
Autora: Ana Rita Ribeiro