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China bane instituições financeiras do mercado de criptomoedas

Preocupada com o mercado especulativo das criptomoedas, a China anunciou na terça-feira que irá banir as instituições financeiras, assim como empresas que realizem qualquer tipo de pagamento, de fornecer serviços aos seus clientes relacionados com a transação de criptomoedas.

Não é a primeira vez que a China se demonstra relutante quanto às moedas virtuais, tendo já banido as mesmas em 2013 e 2017. Em comparação com o que se deu em 2017, desta vez o banimento foi expandido para uma panóplia substancialmente superior de serviços, visto que na ótica do país “as moedas virtuais não possuem qualquer valor real”.

Segundo esta nova regulamentação, qualquer tipo de instituições, como bancos e canais de pagamento, não poderão oferecer serviços relacionados com criptomoedas, tais como registo, trading, clearing and settlement. O país também baniu a troca de criptomoedas e Initial Coin Offerings (ICO), embora não haja nenhuma proibição quanto à compra das mesmas em caráter pessoal. 

Os bancos e as empresas que realizam processos de pagamentos serão também obrigadas a melhorar a monitorização de fluxos monetários relativos à troca de criptomoedas, bem como melhorar a sua coordenação e identificar potenciais riscos.

A National Internet Finance Association of China, a China Banking Association e a Payment and Clearing Association of China já se pronunciaram relativamente à sua decisão, afirmando que “recentemente, os preços das crypto subiram exponencialmente e caíram a pique de seguida, e as trocas especulativas de criptomoedas estão a reaparecer, infringindo seriamente a segurança da propriedade dos indivíduos e perturbando a ordem económica e financeira natural”.

Uma das criptomoedas que desvalorizou recentemente é a Bitcoin ($BTC), neste momento a mais valiosa do mundo. Esta terça-feira a mesma desceu para o valor de aproximadamente 43 mil dólares, o que representa uma queda de 22% na última semana.

Esta mudança ocorre enquanto a China tem o seu próprio plano de criar uma moeda digital para o seu banco central, o Yuan Digital, considerada promissora por muitos.

Autora: Sofia Magalhães

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