Apesar de ser cada vez menos falada e as suas medidas preventivas enfraquecidas, a pandemia de Covid-19 ainda não está totalmente terminada. Alguns países intensificaram as restrições para controlar a sua situação.
Um desses países é a China, que enfrenta uma nova vaga da pandemia agressiva. Dada a sua política de tolerância zero ao aparecimento de novos surtos, decidiu confinar a região de Shanghai. Cerca de 400 milhões de pessoas de 45 cidades estão em confinamento total ou parcial, numa região que representa 40% do PIB chinês.
De notar, a cidade de Shanghai registou uma média de mais de 23.000 casos de infeção com Covid-19 durante a última semana, tendo também registado 3 mortes, durante este período. Desde aí o governo chinês decidiu impor um confinamento rigoroso em toda a região, levando ao encerramento de várias empresas importantes, como a Foxconn, fornecedora da Apple.
Sendo esta região uma das mais importantes regiões económicas do globo, ligando as regiões de Shanghai, Hangzhou e Suzhou, é crucial que se mantenha em atividade. Situado no delta do rio Yangtze (o maior rio da China), o porto marítimo de Shanghai é o que mais carga movimenta no mundo e em 2021 movimentou mais de 20% do tráfego de carga da China.
Isto leva a um grande problema de logística no transporte e produção de cargas, agravado pela escassez de mão de obra disponível. A dificuldade de reposição das operações tem-se revelado enorme, prevendo-se que esta situação dure mais um mês. Assim, várias empresas optaram por solução radicais, como é o caso da Tesla, que implementou um regime de produção em circuito fechado, obrigando os trabalhadores a viver dentro da empresa, oferecendo aos trabalhadores sacos de cama e colchões, para desta forma minimizar o risco de surto e reduzir os impacto do lockdown na economia.
Autor: Mário Costa
