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“Se as empresas continuarem a diversificar o seu dinheiro em algo como a Bitcoin, e os investidores institucionais começarem a alocar 5% dos seus fundos em Bitcoin […] acreditamos que o preço será dez vezes maior do que é hoje. Em vez de 45.000 dólares, mais de 500.000 dólares.”. Foi a resposta da CEO da Ark Invest, Cathie Wood numa entrevista com a CNBC esta segunda-feira.
A entrevista foi feita uma semana após El Salvador ter-se tornado no primeiro país a aprovar a Bitcoin como moeda legal e do ARKW (ARK Next Generation Internet ETF), de 5,7 mil milhões de dólares, ter alterado o seu prospecto para incluir Bitcoin por meio de ETFs, no Canadá.
O prospecto informa que o fundo “pode ter exposição a criptomoedas, como a Bitcoin, por meio de um investimento num fundo fiduciário ou em outros veículos de investimento agrupados, como fundos negociados em bolsa provenientes do Canadá”.
De acordo com a Bloomberg, o ARKW já dispõe de cerca de 5,5% no Grayscale Bitcoin Trust ($GBTC), uma das maneiras mais simples e rápidas para investir em Bitcoin, através de fundos, nos Estados Unidos. A ARK aproveitou a queda do preço da criptomoeda em julho deste ano para comprar mais de 450.000 ações, em apenas dois dias.
Esta mudança ocorre num momento em que o mercado dos EUA continua a aguardar autorização por parte da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) para um fundo de índice de Bitcoin na bolsa de valores.
O presidente da Fidelity Digital Assets, Tom Jessop, expôs os motivos pelos quais os reguladores deveriam aprovar este tipo de ativo, sendo um deles a criação de uma maior exposição à criptomoeda, o grande apetite dos investidores pela mesma e a existência de ETFs semelhantes em outros países, como exemplo (já referido anteriormente) no Canadá.
A SEC tem sido extremamente cautelosa no que toca à regulamentação do mercado de criptomoedas e recusou-se, durante anos, a aprovar o ETF de Bitcoin. Porém, a permissão pode estar a chegar, e os investidores ficaram confiantes com os comentários recentes do presidente, Gary Gensler, ao mostrar mais abertura em relação a ETFs baseados em futuros de Bitcoin.
Os reguladores podem estar mais propensos para este caminho, uma vez que os contratos de futuros são negociados pela Chicago Mercantile Exchange enquanto que o mercado de criptomoedas continua o “velho Oeste” repleto de “fraudes, golpes e abusos”, segundo Gensler.
Para além disso, um ETF de futuros de Bitcoin precisa de ser registado de acordo com as leis de 1940, que exige aos gestores de ativos divulgação de mais informação e o cumprimento de regras mais rígidas.
Autora: Margarida Fernandes
