Fonte da imagem: Website/Caixa Geral de Depósitos
A Caixa Geral de Depósitos, banco público de Portugal, anunciou que já renegociou créditos à habitação com 3600 famílias.
Cada vez mais são as famílias que estão a sentir dificuldade para cumprir com os seus contratos de crédito à habitação, com as subidas abruptas que se têm registado quer na Euribor, quer nas taxas de juro diretoras do BCE. Para superar estes problemas várias famílias têm recorrido aos bancos na tentativa de renegociar as suas condições de créditos à habitação.
Na apresentação dos resultados financeiros da Caixa em 2022, Paulo Macedo, admitiu que existem casos em que há famílias com dificuldades, mas são casos pontuais, sendo que a situação está “perfeitamente controlada”. No entanto, o banco público já se viu obrigado a renegociar empréstimos da casa de 3600 famílias.
No total, o banco público já abriu mais de 37 mil casos que se enquadram no Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI), regime para a prevenção do incumprimento. Dos casos que já foram fechados, cerca de 2 mil foram concretizados à margem do PARI, até antes da entrada em vigor do decreto-lei em novembro do ano passado e que veio agilizar as regras de renegociação dos créditos.
O diretor executivo explicou que as renegociações tiveram lugar através de várias soluções, incluindo alargamento do prazo do contrato, alteração do indexante ou redução do spread.
Já para os outros casos, Paulo Macedo afirma que “Temos outros clientes que, mesmo ultrapassando a taxa de esforço, não recorreram à renegociação por poupanças, têm outros rendimentos e têm património”. Também existem algumas situações em que, apesar de não se enquadrarem no regime do PARI, tem sido possível chegar a acordos com os clientes para baixar a prestação da casa, devido ao aumento da taxa de esforço.
Mário Costa, estudante do 1º ano do Mestrado em Finanças na FEP, Financial Content Writer na MeuCapital e Membro do Departamento de Corporate Finance no FEP Finance Club. É escuteiro desde os 9 anos e ao longo dos anos desenvolveu um forte interesse pela área financeira, tendo por a missão de contribuir para uma maior literacia financeira em Portugal.
