Bitcoin é melhor para um hedge fund do que o ouro

No próximo ano o ouro tem tendência a subir, contudo os investidores que procuram alternativas devem optar pela Bitcoin ($BTC) para um hedge fund de 7,5 mil milhões de dólares americanos.

Troy Gayeski, gerente sénior do portfólio da SkyBridge Capital, afirmou que tanto o ouro como a Bitcoin, frequentemente comparados pelos investidores, devem recuperar, mesmo com a Reserva Federal a reduzir as compras de ativos. Contudo, para alguns as criptomoedas continuarão a ser uma característica dos mercados globais semelhante ao ouro digital. Embora a Bitcoin esteja associada a uma maior volatilidade, os investidores acreditam que mesmo assim, esta é mais vantajosa do que o ouro.

Os investidores têm acompanhado os comentários do Banco Central dos EUA à medida que a inflação sobe e os legisladores tendem a reduzir as elevadas compras de ativos.

“Todas as alternativas de moedas fiduciárias que passaram recentemente por correções substanciais estão agora num lugar muito melhor, de forma a lidarem com a eventual redução e desaceleração gradual do crescimento da oferta de dinheiro”, disse Gayeski.

Tanto a Bitcoin,  quanto o ouro tiveram oscilações substanciais, contudo ambos estão bem posicionados para resistir à redução do Federal Reserve, afirma SkyBridge. A criptomoeda atingiu em abril, um recorde próximo a 65.000 dólares americanos, já o ouro em março, esteve perto de afundar, no entanto conseguiu reverter essa situação. “A probabilidade do ouro continuar com uma tendência crescente é bastante alta, atingindo novos máximos no próximo ano”, afirmou Gayeski.

Ainda assim, os principais bancos de Wall Street encontram-se divididos: o Citigroup ($C) disse que o ouro está a “perder brilho” para as criptomoedas, enquanto o Goldman Sachs ($GS) argumentou que estes dois ativos podem coexistir. Já Elon Musk, afirmou em maio que apoiava as criptomoedas em vez das moedas fiduciárias ou de papel.

Mesmo com os acréscimos dos sinais de recuperação, o Fed comprou 120 mil milhões de dólares americanos em obrigações de tesouro e títulos de hipotecas, subindo assim o seu balanço patrimonial para 8 biliões de dólares americanos, cerca de um terço do produto interno bruto.

As principais exposições da SkyBridge são estratégias geradoras de fluxo de caixa dos EUA, constituídas por ativos tangíveis, crédito corporativo em dificuldades, arbitragem de obrigações convertíveis, entre outros.

O fundador da SkyBridge, Anthony Scaramucci, associou-se à First Trust Advisors num fundo negociado em bolsa com o objetivo de comprar e vender Bitcoin. Gayeski espera desta forma, que a Comissão de Valores Mobiliários aprove o produto. Afirma, “a única razão pela qual existimos profissionalmente é para encontrar maneiras interessantes de gerar retornos não correlacionados que tenham um perfil de risco/recompensa atraente”

Autora: Inês Pereira