A Bitcoin ($BTC), a primeira e mais conhecida criptomoeda do mundo, atingiu pela primeira vez desde junho de 2022 os 24 mil euros, num crescente otimismo em torno do setor dos cripto ativos. A questão que se coloca é: Será que resistirá à turbulência no sistema financeiro dos EUA?
O resto do mercado das criptomoedas também acompanhou esta tendência. A Ethereum ($ETH) subiu cerca 13% atingindo um máximo desde de novembro de 2022 de 1628 euros. Além disso, a moeda estável USDC voltou a mostrar paridade ao dólar, após a emissora Circle anunciar que é capaz de recuperar o dinheiro que tinha no SVB.
Um dos principais motivos desta subida, segundo os analistas, foi o alívio do mercado após o Federal Reserve anunciar, neste domingo, um plano de emergência para honrar todos os depositários do banco SVB.
Além disso, o mercado começou a precificar um aumento na taxa de juros do país menos agressiva na próxima reunião, devido aos acontecimentos. Hoje o consenso fica-se nos 0,25 pontos percentuais(pp), ao invés dos 0,5 pp previstos.
A próxima reunião para debater a crise bancária nos Estados Unidos, que se vai realizar no domingo, pode ser crucial para o mercado das criptomoedas.
No final de contas, a Bitcoin foi criada em 2009, após um momento similar: a crise do “subprime” e o colapso do banco Lehman Brothers, maior falência bancária nos Estados Unidos, seguida do SVB.

Francisco Castilho, 20 anos, natural de Coimbra. Atualmente frequenta o 2ºano da licenciatura em Gestão pela Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra (FEUC). Terminou recentemente um programa de embaixadores numa empresa de estratégia e marketing digital (Triber Academy), desempenhado a função de digital marketing copywriter. As áreas dos investimentos, finanças pessoais e análise fundamental de empresas são as que mais constam nos seus artigos e procura aprender mais com as diversas temáticas que surgirão na MeuCapital.