Bigtech: o grande desafio da banca

Os bancos tradicionais enfrentam uma fase crítica onde surge a necessidade de adaptar os seus serviços ao seu modelo de negócio, conjugando com os novos modelos virtuais que estão constantemente a surgir. A existência de novas empresas totalmente virtuais no setor bancário permite a diversidade no setor embora promova uma competitividade cada vez mais exigente entre os vários bancos tradicionais.

Tendo em conta a experiência do consumidor, torna-se cada vez mais improvável atrair novos clientes através da visita a um balcão. Os balcões, por muito importantes que sejam em relação à fração social existente no seu atendimento, estão a ser lentamente substituídos pelas aplicações de home banking cada vez mais competentes e inovadoras que permitem a realização de operações relativas a financiamentos, depósitos, aberturas de contas-poupança e entre muitos outros serviços disponíveis apenas num só smartphone.

A questão fulcral que surge neste momento de inovação, deve-se ao facto dos clientes terem hoje acesso a uma série de empresas de âmbito financeiro ou tecnológico que prestam serviços financeiros de forma mais dinâmica, inovadora e fácil, pelo que deixaram de estar limitados ao sector bancário tradicional. Existe, portanto, um aumento da oferta significativa, que procura atender a uma procura cada vez mais exigente que apenas pretende uma coisa: a eficiência de operações.

Será que a banca consegue oferecer essa diversidade de serviços de forma tão direta?

Aplicações como o Revolut, que prestam serviços globais, de free exchange em viagens, acesso ao portfólio de criptomoedas e ações e/ou relatório de gastos, são realmente os grandes players e concorrentes dos bancos tradicionais não só portugueses mas em todo o mundo. Os jovens procuram os serviços mais inovadores onde estes se possam sentir no seu habitat aquando da sua utilização e desta feita, existe a obrigatoriedade de procurar novas soluções e novos serviços como forma de corresponder à elevada procura existente. Há assim a urgência de perceber, em longevidade, como é que poderá ser a banca para se manter competitiva sem que o aumento de comissões seja o principal motor e contribuinte.

O consumidor já não procura um banco, procura serviços bancários e por isso o mercado procura fazer face a estas novas necessidades, com comissões mensais cada vez mais reduzidas, uma vez que as fintech “têm mais para oferecer” com custos operacionais menos elevados. 

Em tempos passados, eram os bancos que ditavam as suas condições, porém a situação hoje é totalmente diferente. Os jovens adolescentes já não procuram o mesmo banco que o seu agregado familiar e a procura por aplicações cada vez mais virtuais é o futuro do setor bancário caso a banca tradicional não consiga manter um serviço próximo e ao mesmo tempo desenvolvido, para uma geração de consumidores totalmente qualificada que tem cada vez mais opções nos seus quadros de consumo.

Desde o Metaverse à Web 3.0, a banca necessita de ser inovadora e estar a par das novas fintech que estão a atrair consumidores pela sua forma rápida e completa de abordar e entregar os diversos serviços bancários. Entregar valor pela eficácia é o que os consumidores pretendem, logo a banca tem de apostar por essa vertente.

Tal como Miguel Maya, CEO do Millennium BCP, referiu: “A banca tem futuro enquanto criar valor para a sociedade. Se formos um peso desaparecemos e outros tomarão o nosso lugar”.



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