Biden defende plano de infraestruturas avaliado em $2 biliões

De acordo com declarações prestadas no Domingo passado, a Secretária de Energia dos EUA, Jennifer Granholm, transpareceu que, sendo Biden, “o Presidente de todos os Americanos”, preferia chegar a um eventual entendimento com os legisladores republicanos neste plano que, de acordo com o Diretor do Conselho Económico Nacional, Brian Deese, se revela urgente para a criação de emprego, principalmente no longo prazo.

Contudo, na eventualidade de tal não vir a ocorrer, este, provavelmente viria a apoiar a utilização duma estratégia processual, formalmente conhecida como “reconciliation” (em português, reconciliação) que permite a sua aprovação no Senado apenas por parte dos Democratas.

Realçar que, o uso desta figura processual já não é novidade na atual governação do 46º Presidente dos EUA, na medida em que já terá sido utilizada na sua grande primeira iniciativa legislativa, o generoso pacote de ajuda de COVID-19, avaliado no montante de $1.9 biliões que, acabou por ficar mais famoso que o próprio Sr. Biden (responsável pela atribuição de $1,400 à maioria dos Americanos), uma vez que se trata dum dos maiores pacotes de estímulos desde a Grande Depressão ou Crise de 1929.

Numa perspetiva habitualmente conservadora, o Partido Republicano, mais precisamente o Senador Roy Blunt, apelou a Biden a reduzir drasticamente o montante envolvido neste plano, se o objetivo fosse a obtenção dum eventual entendimento bipartidário.

No raciocínio do Sr. Blunt e do Senador Roger Wicker, através dum montante bastante mais modesto, cerca de $615 mil milhões, seria “mais palatável” para os colegas republicanos e seria o “q.b.” para as verdadeiras necessidades dos EUA que se transfiguram no esforço de reparar e reconstruir as redes de transporte, água, eletricidade, entre outros.

Para finalizar, como devemos ser toleráveis e ouvir sempre as duas partes, algumas das fundamentadas críticas apontadas a este pacote são por exemplo: nas palavras do Sr. Wicker, o plano não ser uma “fatura de infraestruturas necessárias” mas sim um enorme aumento nos impostos (uma questão a que os Americanos são profundamente sensíveis); acarretar consigo enormes perspetivas inflacionistas (aumento geral dos preços).

Nas palavras do ex-economista chefe do FMI (não muito apreciado no nosso país), Oliver Blanchard, “eu acho que este pacote é excessivo. Não se trata de superaquecer a economia americana, mas sim de criar um incêndio.”, isto porque como é de conhecimento geral, a atividade económica atual se encontra praticamente estagnada (face a níveis pré-COVID-19) e na última década, a taxa de inflação americana ter excedido os tão desejados  “≤2%”, de acordo com o Sistema de Bancos Centrais Nacionais.

Finalmente, e não menos importante, numa perspetiva política, este plano está a ser considerado pelos opositores como um “Cavalo de Troia” para promover políticas partidárias democratas sob o disfarce do auxilio durante a pandemia.

Autor: Francisco Antunes

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