Bang & Olufsen regista +14% em faturação e lucros de 2,1$ milhões

A Bang & Olufsen A/S ($BO) lançou, na quinta-feira, as demonstrações financeiras correspondentes ao período de Junho de 2020 – Fevereiro 2021, revelando lucros entre o terceiro trimestre de 2020 e o início de 2021, resultantes das últimas políticas de contenção de despesas, do lançamento de novos produtos e da alta procura por equipamentos de hi-fi doméstico.

A empresa dinamarquesa de produtos eletrónicos de consumo registou um lucro líquido de 13 milhões de coroas dinamarquesas, equivalente a 1,7 milhões de euros, resultados mais positivos em comparação com o período homólogo do ano anterior, no qual a empresa teve prejuízos de 275 milhões de coroas dinamarquesas, aproximadamente 37 milhões de euros.

O EBIT (Lucro Antes de Juros e Impostos) aumentou 269 mil euros para 4,5 milhões de euros. A faturação aumentou 14% para aproximadamente 94 milhões de euros.

Em comunicado de imprensa, o CEO da Bang & Olufsen, Kristian Tear, afirmou que “os avanços no trimestre confirmam que a nossa estratégia está a funcionar”. A política “de redução de custos progrediu conforme planeado”, os principais mercados cresceram e a empresa continua a fortalecer o seu foco e presença digital, o que permitiu “mais do que duplicar as nossas receitas online e melhorar a experiência do consumidor”.

No entanto, a empresa não nega os impactos da Covid-19 no setor e está cautelosa perante os problemas relacionados com a escassez de componentes de eletrónicos.

O fluxo de caixa livre (free cash-flow) foi de 1 milhão e 75 mil euros, valores muito inferiores aos do período homólogo, no qual se verificou um free cash-flow de 5 milhões e 244 mil euros. A descida é resultante de alterações ao capital circulante líquido, em virtude do pagamento de empréstimos e juros de dívida a instituições financeiras e governamentais dinamarquesas.

Apesar destes resultados motivarem uma avaliação favorável da empresa, ainda nos encontramos numa fase muito prematura para considerar o investimento na empresa como oportuno. Os resultados financeiros dos últimos anos não são muito inspiradores e, se bem que o atual CEO, Kristian Tear, apenas está no cargo desde Outubro de 2019, será fundamental aguardar mais desenvolvimentos para avaliar a atuação e a política da nova gestão e administração da empresa.

Além disso, o EPS (lucro por ação) também se encontrava negativo, em Maio de 2020. Contudo estima-se uma ligeira melhoria neste ano, possivelmente suficiente para regressar a valores positivos. A empresa também não apresenta um historial muito favorável quanto às políticas de distribuição de dividendos, pelo que, neste momento, não se regista qualquer política de distribuição dos mesmos. Contudo, a razão dívida/capital próprio situa-se em 29,81%, sendo que 24,28% desse valor corresponde a dívida de longo prazo. Valores que, a somar a um estimado P/E ratio a rondar entre 5 e 15 (que demonstra uma possível subvalorização do mercado face ao valor real da empresa), podem ser suficientemente motivadores para um investidor a longo prazo considerar investir na empresa.

Esta junção de métricas positivas e não tão positivas torna difícil a avaliação da empresa para um investidor que pretende tomar uma decisão de investimento neste momento. Daí que seja desejável esperar por resultados futuros para conseguir chegar a uma melhor conclusão quanto ao investimento na Bang & Olufsen ($BO). Porém, é de notar o crescimento da empresa, mesmo em período de crise global, pelo que estamos perante uma organização a acompanhar para os próximos tempos e com boas perspetivas futuras.

Autor: Pedro Pereira da Silva

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