Banco Santander Portugal obtém resultado líquido de 385,1 milhões de euros

As instuições bancárias estão a tomar vantagem sobre o aumento das taxas de juro. Pois bem, o Banco Santander em Portugal obteve lucros de 385,1 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, duplicando as suas receitas em comparação com o resultado de 172,2 milhões de euros no período homólogo, valor que incorporou um encargo extraordinário, no valor de 164,5 milhões de euros, registado no primeiro trimestre de 2021, para fazer face ao plano de transformação em curso.

O banco, que desde o início do mês suspendeu a comercialização de crédito à taxa fixa, justifica que a comparação entre os resultados dos primeiros nove meses de 2022 e 2021 é influenciada pelo facto de o Santander ter registado um “encargo extraordinário, no valor de 164,5 milhões de euros (líquido de impostos)”, que impactou as contas no primeiro trimestre de 2021, para “fazer face ao plano de transformação em curso, com a otimização da rede de agências e investimentos em processos e tecnologia”.

Neste período, o produto bancário reduziu-se em 9% para 933,6 milhões de euros. “Esta evolução foi em grande medida explicada pela evolução dos resultados em operações financeiras, que se reduziram em 80% face ao período homólogo, quando tinham atingido um valor muito elevado, fruto da gestão da carteira de títulos”, explica o Santander. 

As elevadas taxas de juro praticadas pelos bancos com o principal incentivo de reduzir o consumo, têm sido um contribuinte essencial para a poupança, sendo que no final de setembro de 2022, a carteira de crédito ascendeu a 43,5 mil milhões de euros, registando uma descida de 0,1% em termos homólogos. “No terceiro trimestre de 2022, o Banco manteve um bom ritmo de originação de novo crédito hipotecário, embora já abaixo dos observados nos primeiros meses do ano, e materializados em quotas de mercado consistentemente acima de 23%”, indica o banco.

Também a margem financeira diminuiu 1,9% para 547,9 milhões de euros. Um resultado que o banco diz refletir, por um lado, o “contexto concorrencial competitivo, que continuou a pressionar em baixa os spreads de crédito”.

Por outro lado, os custos operacionais têm desempenhado um papel importante nos resultados das empresas. A sua redução é imperativa para as organizações e desta feita, os custos operacionais do Banco Santander recuaram 13,6% para 364,5 milhões de euros, com uma redução dos custos com pessoal em 16,1%, dos gastos gerais em 10,8% e da depreciação em 9,2%. Para esse efeito, o banco avançou, no ano passado, com um plano de transformação que ditou uma redução da sua estrutura de capital humano. Face a dezembro de 2021, o banco tem menos oito agências e menos 126 colaboradores, podendo assim reduzir os seus gastos em pessoal de um modo extraordinário.

Nesta atualização ao mercado, sobre o desempenho do banco até ao momento, o Santander Portugal diz relativamente à incerteza económica que está a “acompanhar a situação atual de perto”. “Dispomos de uma estrutura sólida, próxima e de mecanismos apropriados para gerir os impactos da incerteza económica global, e com uma preocupação particular para com os nossos colaboradores, tendo lançado já este mês um conjunto de medidas de apoio financeiro com vista a mitigar os impactos da inflação na perda de rendimento disponível dos seus agregados familiares”, indica o banco.

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