Banco de Portugal revê crescimento e inflação de 2022 em alta

O Banco de Portugal (BdP) reviu em alta o crescimento do PIB português este ano para 6,7%. Em relação à última revisão realizada em junho, o crescimento do produto interno bruto português verifica um aumento de 4 décimas e constitui assim como o país com um crescimento económico mais elevado em relação aos 27 Estados-membros da União Europeia.

Segundo o Boletim Económico publicado, a economia nacional continua a ter como principais motores “a recuperação do turismo e consumo privado”. Em termos macroeconómicos, as rubricas que contribuíram decisivamente para esta revisão foram: o consumo privado que deverá crescer 5,5% em vez dos 5,2% previstos anteriormente e a taxa de crescimento das exportações (onde entra o turismo) que passou de 13,4% para 17,9%.

Por sua vez, o Bdp também revê em alta os níveis de inflação em Portugal. É esperada uma taxa de inflação equivalente a 7,8%, bem mais elevado do que os 5,8% previstos anteriormente. Segundo o boletim, a inflação galopante vericável reflete as crescentes pressões externas sobre os preços e a forte procura dos bens e serviços, cujo consumo foi condicionado durante a pandemia. No entanto, o banco central espera “uma inflexão no final do ano”. A generalidade das previsões aponta, de resto, para uma diminuição da taxa de inflação na zona euro e em Portugal no próximo ano, embora mantendo-se ainda bem acima dos 2% que são a meta do Banco Central Europeu.

Para o ano de 2023, as principais preocupações provêm do conflito bélico existente entre a Rússia e a Ucrânia. O documento refere, no entanto, que “a atividade ao longo do ano é marcada pela recuperação do nível pré-pandemia no primeiro trimestre e por um abrandamento posterior” e avisa que “o enquadramento externo e financeiro tem vindo a deteriorar-se devido aos choques gerados pela invasão da Ucrânia, que resultaram no aumento da inflação e das taxas de juro”.A propósito de uma possível recessão e/ou abrandamento económico, o Primeiro Ministro António Costa já prestou as suas declarações e afasta um cenário de recessão. De acordo com o chefe de governo, o cenário económico para 2023, no qual assentará o Orçamento do Estado, é “de crescimento moderado, ajustado às realidades do tempo” que “assenta numa desaceleração significativa da taxa de inflação e sobretudo uma preocupação fundamental que é a chave para a política económica, que é podermos manter o emprego e podermos sustentar sem alimentar a espiral de inflação aquilo que são os rendimentos das famílias e a capacidade de competir das empresas”.

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