A Volkswagen Autoeuropa, situada em Palmela e um dos maiores investimentos estrangeiros em Portugal, assistiu ao chumbo da proposta de aumento salarial de 5,2% por parte dos seus trabalhadores. De salientar que esta proposta teria efeitos já a partir de dezembro, tendo sido negociada entre a comissão de trabalhadores e a gestão da empresa.
Aumento salarial extraordinário de 3,2%
No final de novembro, a comissão de trabalhadores da Autoeuropa tinha acordado com a administração da fábrica um aumento salarial extraordinário na ordem dos 3,2%, o qual acrescia aos 2%, previamente acordados. Todavia, esta proposta teria de ser aprovada pelos trabalhadores da empresa em referendos, que tiveram lugar nos dias 4 e 5 de dezembro de 2022.
“Não” venceu
Os resultados dos referendos realizados ditaram a vitória do “Não”, com 2.007 votos, enquanto que do lado do “Sim” apenas se contabilizaram 1.826 votos. Em termos percentuais, o “Não” venceu com 51,9% dos votos e o “Sim” registou apenas 47,2%. Segundo o comunicado divulgado pela comissão de trabalhadores, a taxa de abstenção foi de 22,9%.
O que implicava a proposta recusada?
A proposta recusada pelos trabalhadores da Autoeuropa iria permitir que o rendimento de uma pessoa que ganhou em janeiro 1.148,50 euros mais 287,13 euros de subsídio de turno, aumentasse para 1.208,50 euros mais 302,13 euros de subsídio a partir de dezembro. Ou seja, a proposta representaria um aumento global do rendimento mensal do trabalhador na ordem dos 75 euros.
A necessidade de chegar a um consenso
A comissão dos trabalhadores irá reunir com a maior celeridade possível para analisar os resultados do referendo. De ressalvar que antes do início das negociações, a comissão de trabalhadores, pedia um aumento de 5% em dezembro com retroativos a julho, assim como, uma nova atualização em janeiro, a qual tivesse em consideração os valores da inflação registados durante este ano. Neste seguimento, a administração da Autoeuropa assumiu o compromisso de pagar um prémio extraordinário de 400 euros a todos os trabalhadores, o qual estaria incluído no vencimento de dezembro.

Patrícia Neves, 24 anos, natural de Coruche no distrito de Santarém. Licenciada em Jornalismo e apaixonada pela escrita. Tem experiência como Content Writer and Content Producer e gosto de todos os temas que estejam relacionados com o mundo. Além disso, desenvolvi, por intermédio de experiências e formação, interesse nas áreas da economia e finanças.