Aumento do Preço dos Alimentos: Portugal na terceira pior posição da Zona Euro

As consequências impostas pela inflação tendem a ser sentidas em todos os níveis da economia. Possivelmente o aumento dos preços que as famílias portuguesas estão a sentir, prende-se precisamente com a inflação no preço dos produtos alimentares.

Como adianta o Jornal de Negócios, a inflação dos bens alimentares sofreu um aumento de 3,3% em janeiro de 2022, para 10,9% no mês de maio. Na verdade, este aumento de 7,6 pontos percentuais deixa Portugal numa posição desfavorecida em relação aos restantes países. Na Zona Euro a média posiciona-se meramente num aumento de quatro pontos percentuais.

O valor de inflação de 10,9% para os produtos alimentares é o maior aumento alguma vez registado desta categoria em Portugal e a primeira vez que esta chega aos dois dígitos.

Os únicos países na Zona Euro que se encontram numa situação mais adversa do que a atual portuguesa são a Letónia e a Lituânia. Estes contam com um aumento de 7,9 e 9,5 pontos percentuais, respetivamente. Segundo o BCE, a situação desfavorável destes países bálticos deve-se essencialmente à dependência que estes possuiam nas importações agrículas das zonas da Rússia, Bielorrússia e Ucrânia.

No entanto, não estando Portugal tão diretamente dependente das importações russas, discute-se o porquê do país português encontrar-se nesta posição.

Na realidade, o aumento do preço dos alimentos deve-se, segundo o BCE, a três possíveis causas: o aumento dos custos energético necessários para a produção e processamento de alimentos; o aumento do preço do gás natural que é imprescindível no fabrico de fertilizantes; e a subida dos custos de transporte, que acaba por afetar a totalidade da cadeia de produção e comercialização de alimentos.

Quanto ao futuro, no curto prazo, as notícias não são necessariamente as mais desejadas para as famílias portuguesas. Uma vez que o BCE prevê que esta inflação permaneça alta nos próximos meses, enquanto a economia continua a tentar ajustar-se à nova realidade.

Por outro lado, no médio prazo, já se prevê uma certa “moderação” no preço dos bens alimentares, isto devido ao expectável aparecimento de novos fornecedores e à substituibilidade de certos bens.

DEIXA UM COMENTÁRIO

Por favor, envie o comentário!
Por favor, escreva o seu nome aqui

spot_imgspot_img

Últimas notícias

Receba o ebook "Os primeiros investimentos" GRATUITAMENTE

Basta carregar no botão abaixo

Artigos Relacionados

spot_imgspot_img