Dado o crescente desenvolvimento da tecnologia e inteligência artificial, cada vez mais estão a ser utilizados assessores de investimentos digitais. Porém, um estudo realizado com 1500 investidores, mostrou que estes ainda se sentem mais seguros com uma assessoria humana do que digitalizada.
A pesquisa, elaborada pela gestora de ativos Vanguard, identificou que 93% dos investidores que utilizam assessoria humana não pretendem fazer mudanças, enquanto apenas 4% gostaria de comutar para o digital, sendo que 3% pretendia passar a administrar seus investimentos de forma autônoma. Além disso, o nível de sentimento de segurança transmitido por um assessor humano foi avaliado em 80%, versus 24% de segurança naqueles investidores que operam sozinhos. Os que utilizam assessores digitais pontuam sua tranquilidade em 72%.
Além do sentimento de despreocupação que o assessor humano traz para o investidor, no geral, este também acaba por conseguir agregar mais valor aos resultados. Os entrevistados atribuíram um peso de 59% do sucesso alcançado em seus investimentos aos assessores humanos, enquanto para quem utiliza um assessor digital esse percentual é de 50%. Contudo, os assessores digitais também parecem apresentar vantagens, como uma gestão mais organizada dos ativos e maior precisão nas informações apresentadas.
Concluiu-se que há uma diferença nos perfis dos entrevistados que utilizam cada tipo de assessor. Os investidores que utilizam o serviço digital possuem mais tempo, disposição e habilidade para gerenciar seus investimentos, além de serem, em média, mais novos. Ao passo que os investidores com o serviço humano são mais velhos e sentem que não têm tanto conhecimento para fazer o gerenciamento sozinhos.
Não importa o tipo de assessoria, é importante ter em conta o seu perfil de investidor no momento da tomada de decisão de qual ativo irá escolher. Ou seja, é sempre fundamental ter em mente os objetivos que se busca alcançar com os investimentos, as expectativas e a reação em relação aos riscos.
Maysa Deliberador, 25 anos, licenciada em Gestão pela Universidade Católica de São Paulo, atualmente frequenta o 3º ano da licenciatura em Psicologia na Universidade Católica Portuguesa. Seu interesse no impacto dos acontecimentos políticos e econômicos nas pessoas e sua paixão pela escrita fez com que se tornasse embaixadora da MeuCapital.