“As empresas deveriam pagar mais pela poluição que produzem”

Mark Carney, membro das Nações Unidas na área climática, defende que todas as empresas deveriam ter mais encargos, e pagar mais ou menos, mediante a poluição que produzem. 

Existem países onde é obrigatório o pagamento de impostos sobre as emissões de carbono, ao passo que noutros existem sistemas onde as emissões são limitadas e caso as empresas necessitem de mais extras podem sempre comprar na forma de “créditos de carbono”. A precificação do carbono é utilizada para criar incentivos às empresas com o intuito de diminuírem as emissões de poluição.

Em 2019, o preço global do carbono estava fixado nos 2 dólares por tonelada, de acordo com o Fundo Monetário Internacional. Este é um dígito muito acima das projeções do FMI, que fixava o preço dos impostos sobre carbono em 75 dólares por tonelada até 2030. Mark Carney, ambiciona então aumentar o seu preço para que as empresas criem menos poluição possível.

 

Possíveis alterações estruturais

Carney argumentou ainda que alterações estruturais poderão colocar em causa a competitividade de muitos setores, como é o caso do setor de energia, caso as políticas implementadas prossigam em direção a emissões de carbono nulas. 

Contudo, existem políticas na ótica ambiental que exigem um elevado número de empregados devido ao elevado investimento, como é exemplo as “reformas” que tornam os edifícios mais eficientes em termos de energia.

Exigência de trade-offs

É notório que o planeta não tem conseguido fazer face à crise ambiental, muito devido à irracionalidade por parte dos humanos em focar-se no presente e desvalorizar o futuro.

Quanto mais rápido forem tomadas medidas, menos custoso será o futuro do nosso planeta. E assim surgem trade-offs entre: crescimento hoje versus crise amanhã; saúde versus economia; planeta Terra versus lucro.

Climate summit COP26

Em novembro será realizada a 26ª conferência acerca da Mudança Climática da ONU, onde os políticos irão discutir decisões financeiras que tenham em atenção as mudanças climáticas. 

Estas decisões serão possíveis de conquistar através de Relatórios de sustentabilidade, Testes de resistência, Aproveitamento do financiamento convencional e Construção de mercados.

Agir hoje e não amanhã

No Acordo de Paris de 2015, os países uniram-se e decidiram impedir que as temperaturas globais aumentassem 2 graus Celsius, contudo esta medida não foi conseguida.

Carney deposita confiança na COP26 para a obtenção de resultados climáticos positivos, afirmando, “Mais uma vez, não tenho certeza, mas se permanecermos focados, podemos chegar lá.” 

Autor: Joana Marcos

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