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As criptomoedas verdes que prometem resolver “o problema de Elon Musk”

O anúncio feito esta semana por Elon Musk, informando que a Tesla iria deixar de aceitar bitcoin, devido à pegada ecológica resultante da sua mineração, fez disparar o interesse em altcoins mais amigas do ambiente, as chamadas criptomoedas verdes. 

Após um período em que promoveu e incentivou (mesmo que indiretamente) a compra de algumas criptomoedas, o autoproclamado Technoking decidiu dar um passo atrás, mas fica por responder a seguinte questão: porque é que Elon Musk só chegou a esta conclusão agora?

O CEO da Tesla não fechou por completo a porta às criptomoedas, afirmando que espera apenas por uma solução mais sustentável. Porém, o problema da bitcoin não está somente reduzido à opinião de Musk. 

O crescente interesse nas moedas digitais fez soar o alarme ambiental. A bitcoin consome mais energia por hora do que a Argentina (150TWh vs. 125TWh) e as previsões apontam para um agravar da situação, uma vez que, por esta altura, no ano passado, os consumos eram três vezes inferiores. 

Toda esta potência tem um custo e, naturalmente, o maior número de mineiros irá juntar-se onde ela for mais barata. O local? China, mais especificamente na região de Xinjiang, rica em carvão (que funciona como fonte de 66% de toda a energia aí produzida).

Estes valores não são acidentais. A bitcoin é baseada num algoritmo do tipo “proof-of-work”, ou seja, para a minerar é necessário resolver equações complexas, que requerem hardware de topo e que resultam num grande gasto energético. A resolução destas equações funciona como uma forma de garantir a segurança e o consenso entre as diferentes partes que partilham esta network – formando a blockchain descentralizada.

Os mineiros estão em constante competição uns com os outros: aquele que resolver mais equações, ganha mais dinheiro, e a única maneira de aumentarem a sua percentagem de acerto é fazendo mais cálculos, utilizando mais e melhor equipamento e gastando mais energia. 

A mineração mundial de bitcoin produz tanto Co2 como a cidade de Londres e, em média, cada transação de bitcoin liberta 360kg de dióxido de carbono para a atmosfera. Em comparação, cada transação feita pela Visa liberta 500mg do mesmo gás. Um valor 800.000 vezes inferior. 

O hardware utilizado para este tipo de atividade tem uma procura tão elevada que, neste momento, está a contribuir para a escassez mundial na produção de automóveis, smartphones e consolas (como a PS5).

Na região da Abecásia, na Geórgia, surgiram nos últimos anos mais de 150 crypto mining farms e o problema é tão grave que estas causam apagões frequentes na capital do país, Tbilisi.

Uma possível solução para o problema seria utilizar energia proveniente de fontes renováveis, porém, uma vez que a energia fóssil continua a ser mais barata, não é difícil supor qual será a preterida. 

Felizmente existem outras altcoins, mais “limpas”, que começam agora a ser vistas como potenciais alternativas. 

A mais famosa é a Cardano – ou mais precisamente ADA. É quatro milhões de vezes mais eficiente em termos energéticos do que a bitcoin, pois, ao invés de utilizar um algoritmo do tipo “proof-of-work”, utiliza um do tipo “proof-of-stake”. Qual é a diferença? Em vez de ser necessário resolver equações complicadas, os validators, que aqui funcionam como mineiros, utilizam parte do seu stake de ADA (ou de qualquer que seja a moeda em questão, pode ser Ether por exemplo) para testar a integridade de um bloco na blockchain. Por colocarem esse stake à disposição são depois recompensados com mais tokens da mesma criptomoeda. 

Não se sabe ao certo qual o stake necessário para se tornar um validator mas, para a Ethereum, são cerca de 32 Ether (aproximadamente 80.000 dólares). 

Em vez de colocar os computadores da rede a fazer o trabalho “sujo” e a competirem entre si, esta abordagem alternativa permite que as pessoas minerem de acordo com a quantidade de criptomoedas que possuem. Os limites necessários são estabelecidos, mas sem exigir a mesma quantidade de energia.

Tudo isso pareceu funcionar a favor da Cardano após o anúncio de Musk. Enquanto outras criptomoedas caíam, a ADA continuou a crescer – quase 10% em 24 horas, em comparação com um mercado que caiu 8,6%.

A Fundação Cardano, que controla a tecnologia, escreveu um tweet sugerindo que as duas organizações tinham objetivos semelhantes e que podiam criar uma boa sinergia.

Outras criptomoedas foram ainda mais longe e, não só minimizam o uso de energia, como também promovem ativamente formas mais limpas de a gerar. A SolarCoin, por exemplo, recompensa a instalação de energia solar. Por cada MWh de energia solar produzida, os responsáveis são recompensados com uma SolarCoin. 

Há ainda o interessante caso da Chia, que é minerada com base no espaço disponível no disco rígidos dos utilizadores.

Autor: Pedro Manuelito

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