Apple x Vietnam: A substituição da potência chinesa

As restrições impostas pelo aumento dos contágios na China têm vindo a impactar negativamente as atividades produtivas de grandes empresas. O setor automóvel, por exemplo, apresenta carência de peças e componentes provindos da superpotência chinesa e a Apple já deslocou a sua produção, abandonando o seu fornecedor principal.

Processo produtivo do MackBook no Vietname

A tecnológica norte-americana planeia alocar o processo produtivo do MacBook para o Vietnam. Os consequentes lockdowns praticados na China e a possibilidade de subida do número de casos de COVID-19 impediram que a produção do portátil ocorresse nas condições normais e dessa forma, a Apple abandona a Taiwan´s Foxconn para produzir no sul asiático em maio de 2023. 

A norte-americana já tinha deslocado a produção do IPhone para a Índia e o Macbook acompanha a mesma tendência. Os sucessivos testes realizados pela Apple para mover a sua produção já decorrem há dois anos e, com as políticas de zero-COVID, a tecnológica vê-se limitada a produzir 20 a 24 milhões de computadores portáteis por ano, tal como costuma realizar.

Perda gigante para a China

Para a China, a perda de produção de Macbooks é gigante e com a Apple, surgem mais eletrónicas a abandonar as suas fábricas no país. As top eletronic makers como a HP, Dell, Google e Meta, realizaram planos para mudar a produção dos seus produtos. 

A relação entre a Apple e a China já conta com várias décadas de relacionamento, mas a fórmula vencedora que a tecnológica tem utilizado, alcançou o seu ponto de crise. No passado verão, o Macbook e o IPhone tiveram problemas de produção acompanhados pelos vários meses de isolamento praticados na China. Por consequência, em novembro, a Apple apresentou vários atrasos na entrega do novo IPhone 14 e 14 Pro Max para a epóca de Natal, sofrendo com a diminuição de produtividade na principal base produtiva em Shanghai.

Segundo os vários analistas chineses, a concentração de produção numa única fábrica é inconcebível. A velocidade de consumo sentida nestes últimos meses obriga que as empresas distingam e localizem as suas produções em vários países como forma de procurar um outcome cada vez mais diversificado e, sobretudo, evitar problemas derivados de causas epidemiológicas. 

A separação entre as eletrónicas e potência chinesa aumenta a tensão entre ambos os países, anteriormente em conflito face à imposição de taxas de importação à China, implementadas pelo governo de Donald Trump, Ex-Presidente dos Estados Unidos da América.

Apple no Vietname

A diversificação da Apple no Vietnam começou com a produção dos Airpods em 2020, momento trágico da COVID-19 a nível mundial. A empresa também alocou alguma da produção de IPads e Apple Watch para o sul asiático no decorrer deste ano, quando em outubro do corrente ano, a norte-americana começou a produzir o IPhone 14 na Índia.

O plano da empresa sediada no coração de Silicon Valley passa por continuar a estudar novas localizações, como forma de aproveitar a elevada capacidade produtiva de países como a China, Índia, México e Tailândia. A tecnologia de produção utilizada nestas regiões é um fator de enorme atração para as empresas eletrónicas e dessa forma, a deslocação das fábricas das mesmas pode-se tornar tendência, pelo menos enquanto as restrições impostas na China se mantiverem e continuarem a impactar as atividades laborais no país.



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