Segundo o analista Dan Ives da instituição financeira Wedbush, a Apple ($AAPL) pode atingir os 3 biliões de dólares de capitalização de mercado em 2022.
As ações da produtora do célebre iPhone desceram cerca de 5% desde o início deste ano, após muitos investidores terem aproveitado o último trimestre de 2020, que se revelou histórico para a marca pela positiva, para vender as suas posições.
A Apple é já a empresa mais valiosa do mundo com uma capitalização de mercado a rondar os 2,1 biliões de dólares, tendo atingido a marca do primeiro bilião em 2018 e do segundo em 2020.
“Pensamos, em última análise, que atinja este valor num espaço de 12 a 18 meses” refere Ives em conversa com a CNBC na terça-feira passada, quando questionado acerca do possível prazo necessário à gigante tecnológica para atingir a meta dos 3 biliões de dólares.
A Apple foi durante muito tempo vista como uma empresa exclusivamente de hardware, mas o CEO Tim Cook encaminhou-a no sentido de criar um ecossistema de serviços, o que apenas foi possível graças ao seu sistema operativo iOS.
Ives avalia a componente de negócio da Apple relacionada com os serviços de software em cerca de 1 bilião de dólares, esperando um aumento deste valor até 1,5 biliões, de modo a que a empresa consiga atingir uma valorização total de 3 biliões de dólares.
No entanto, nem tudo joga a favor da famosa marca da maçã. Há várias pedras no caminho da Apple que podem pôr em risco a concretização desta meta no prazo esperado, tais como a batalha judicial com a Epic Games, produtora do popular videojogo Fortnite.
Tudo começou quando a Apple removeu o Fortnite da sua loja de aplicações móveis App Store, argumentando que o jogo violava as suas regras, pondo termo à comercialização do jogo nos seus dispositivos. A Epic Games respondeu à sanção com um processo judicial, acusando a Apple de comportamento anticompetitivo.
Ives também destaca o escrutínio regulatório crescente à volta do mundo, como quando a Comissão Europeia disse em abril que a empresa “abusou da sua posição dominante” na distribuição de serviços streaming de música através da plataforma App Store.
Autor: Gil Neto