A tecnológica Alibaba vai ser dividida em seis empresas autónomas, naquela que é a maior reformulação interna do grupo chinês.
O grupo Alibaba anunciou na passada terça-feira, dia 28 de março, que se iria proceder à sua repartição se em seis empresas diferentes, que poderão levantar capital externo e entrar, de forma independente, no mercado bolsista.
O anúncio da divisão do grupo acaba por surgir um dia após Jack Ma, fundador da gigante tecnológica, ter visitado a China continental.
Estas acabam por ser duas movimentações com muita relevância, após dois anos de silêncio por parte do fundador, que acabam por mostrar uma mudança de atitude nas autoridades chinesas, que desde 2020 procuram controlar o crescimento das tecnológicas do país através de várias ações regulatórias e restrições no acesso aos mercados de capitais estrangeiros.
Esta será a maior reorganização da história da Alibaba, passando o grupo a funcionar como uma holding empresarial, com as seis unidades – desde a área de logística à cloud – a possuírem uma gestão independente. Com esta separação cada uma das empresas passará a poder procurar capital externo e lançar ofertas públicas de aquisição.
O CEO do grupo holding manter-se-á a ser Daniel Zhang, que também continuará como residente do conselho de administração.
A empresa chinesa acabou por sofrer por períodos conturbados nos últimos anos, após ter recebido uma multa no montante de 2,33 mil milhões de euros por parte dos reguladores chineses, sendo acusados de comportamentos monopolistas. Para além disto, a empresas chinesas viu a concorrência de e-commerce aumentar e problemas nas cadeias de fornecimento.
A notícia da divisão do grupo acabou por se refletir nos títulos da empresa chinesa, nos Estados Unidos. Antes da abertura da sessão bolsista, no chamado premarket, as ações da Alibaba que estavam cotadas no mercado norte-americano registaram um aumento de 10%.
Sérgio Garcez, 20 anos, natural de Viana do Castelo. Atualmente frequenta o 3.º ano da licenciatura em Gestão na Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Dado o seu interesse pela área financeira e o seu gosto pela escrita, ingressou na MeuCapital em março de 2022, com o objetivo de promover a literacia financeira em Portugal.
